E aí, minha gente, vamos terminar a nossa
saga da crase ?
Últimas informações a respeito...
Casos
especiais:
A) O uso da crase diante de possessivos,
quando não se referem a nomes de parentesco, é facultativo:
Ele referiu-se a minha viagem ou ele referiu-se à minha viagem (ambas corretas).
B) Diante de nomes próprios personativos
femininos, a crase é também facultativa:
Escrevi a
Marina ou escrevi à Marina (ambas
corretas).
Obs.: Na linguagem formal, prefere-se não
usar a crase:
A polícia dará proteção a Márcia Nogueira.
C) A locução a distância tem uso facultativo de crase:
Ela viu o monte à distância. Os
universitários estão habituados ao ensino a
distância.
D) À vista ou a vista ?
Se for a ideia de ao alcance da vista, usaremos a locução craseada. Ex.: Terra à vista !
Se for o antônimo de a prazo, não temos a crase marcada. Ex.: Comprei o carro a vista.
E) Quando temos oculta a expressão à moda de ou à maneira de, mesmo diante de palavras masculinas, a expressão será
craseada, por concordar com esses termos que não aparecem:
Ele comeu um bife à (moda) milanesa e
outro à parmegiana. Ela cortou o
cabelo à (maneira de) pigmaleão. Ele escreve à (maneira de) Machado de Assis. A decoração do castelo foi feita à (moda de) Luís XV.
F) Podemos também lançar mão da crase para evitar a ambiguidade (duplo sentido), deixando o sujeito sem ela e seu objeto com.
Se dizemos: A mãe a filha convidou, podemos ter dúvidas de quem convidou quem. Neste caso, e em outros, podemos crasear o objeto para esclarecer: A mãe à filha convidou (a mãe convidou a filha). Legal, né ?
Locuções
e expressões
A) Há crase em: à direita, à esquerda, à
força, à moda, à maneira, à mesa, à noite, à risca, à solta, à vontade, às
vezes, à toa, à beça, às claras, às pressas, à custa de, à espera de, à força
de, à procura de, à medida que, à proporção que, entre outras.
B) A crase é facultativa nas expressões que
exprimem meio ou instrumento, e modo: barco a (ou à) vela; escrever a (ou à) máquina;
fechar a porta a (ou à) chave; o malfeitor o atacou a (ou à) bala, a festa é a
(ou à) fantasia, escreveu a (ou à) tinta, respondeu a (ou à) caneta, entre
outras.
C) Não há crase nas seguintes expressões com
palavras no plural: a duras penas, a marteladas, a duas mãos, entre outras.
D) Não se coloca crase nas seguintes
expressões: a prazo, a crédito, a débito, a lápis, a pé, a nado, a mando de, a
pedido de, de cabo a rabo, pouco a pouco, dia a dia, mano a mano, entre outras.
E fica a dica: gente, apesar do uso generalizado, as expressões TV a cores e entrega a domicílio não existem e, mesmo que alguém decidisse craseá-las num momento de delírio, nem assim elas portariam crase... as expressões corretas são TV em cores e entrega em domicílio, ok ?
Observação: e esta aqui é importante. A crase é um assunto controverso, mesmo nos meios acadêmicos. Autores há que creem piamente no uso de expressões craseadas para evitar duplo sentido, ou por seguirem a tradição, e outros, pela mesma tradição, ou por gosto pessoal, acreditam que ela não deve ser usada em vários casos. Por isso, encontramos regras diferentes em autores diversos, mas somente quando a questão é de crase facultativa. As regras de usar e não usar expressas devem ser seguidas, beleza ? Coloquei aqui informações facultativas baseadas em autores que acredito estarem mais coerentes com o uso da crase, e com os quais concordo.
E fica a dica: gente, apesar do uso generalizado, as expressões TV a cores e entrega a domicílio não existem e, mesmo que alguém decidisse craseá-las num momento de delírio, nem assim elas portariam crase... as expressões corretas são TV em cores e entrega em domicílio, ok ?
Observação: e esta aqui é importante. A crase é um assunto controverso, mesmo nos meios acadêmicos. Autores há que creem piamente no uso de expressões craseadas para evitar duplo sentido, ou por seguirem a tradição, e outros, pela mesma tradição, ou por gosto pessoal, acreditam que ela não deve ser usada em vários casos. Por isso, encontramos regras diferentes em autores diversos, mas somente quando a questão é de crase facultativa. As regras de usar e não usar expressas devem ser seguidas, beleza ? Coloquei aqui informações facultativas baseadas em autores que acredito estarem mais coerentes com o uso da crase, e com os quais concordo.
Crase
diante dos demonstrativos a, as,
aquele(s), aquela(s), aquilo.
Enfim, chegamos ao final. Vamos falar sobre
os demonstrativos acima e a crase.
A crase existe diante de palavra que pede preposição, seguida dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo, para evitarmos o encontro de
duas vogais a:
Você não vai a + aquela festa → Você não vai àquela festa.
Ela se referiu a + aquele problema → Ela se
referiu àquele problema.
Não dê importância a + aquilo → Não dê
importância àquilo.
O mesmo ocorre em relação aos demonstrativos a e as:
Não me refiro a esta causa, e sim a + a (=
aquela) que vimos ontem. → Não me refiro a esta causa, e sim à que vimos ontem.
O problema não vai chegar a esta esfera, mas a + as (= aquelas) muito mais altas. → O problema não vai chegar a estas esferas, mas às muito mais altas.
O problema não vai chegar a esta esfera, mas a + as (= aquelas) muito mais altas. → O problema não vai chegar a estas esferas, mas às muito mais altas.
Com isto, encerramos nossa saga, ebaaaa !!! E a Força
esteve conosco o tempo todo !!!
Claro que dúvidas de crase sempre aparecem.
Tentem usar a lógica. Se não funcionar, mandem a dúvida para mim e eu respondo,
tá certo ?
Beijos e até uma próxima !!!
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