segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Infinitivo impessoal e Futuro do Subjuntivo - como diferenciar e não errar?

Bom dia, minha gente, tudo bem?

Vamos falar sobre um assunto muito fácil, mas que muitas pessoas ainda confundem e usam erroneamente um no lugar do outro: trata-se da diferenciação entre o Infinitivo impessoal e o Futuro do Subjuntivo.

Primeiramente, vamos explicar o que são eles:

O Infinitivo impessoal de um verbo é uma forma nominal (já expliquei em outra postagem o que é forma nominal) neutra, que determina a ação do verbo, mas sem mostrar um tempo ou modo. É a forma que encontramos no dicionário, por ser a mais simples e primitiva do verbo, alguns chegam a chamar de nome do verbo.

Nas três conjugações de verbo, temos as seguintes terminações para o infinitivo impessoal:

Primeira conjugação: -ar (amar, falar, entrar, mandar, entre muitos outros);
Segunda conjugação: -er (vender, ceder, comer, ser, entre muitos outros);
Terceira conjugação: -ir (partir, sentir, ir, ouvir, entre muitos outros).

Observação: não esquecer do verbo pôr e seus compostos, que pertencem à segunda conjugação (pôr, depor, opor, compor, entre outros).

Já o Futuro do Subjuntivo é um tempo de futuro hipotético (como todos os tempos do Subjuntivo), isto é, uma ação futura que ainda não está definida, e que pode acontecer (ou não) dependendo de alguma circunstância.

Por exemplo, se falarmos: Quando eu encontrar com José, eu dou o recado., temos uma ação futura que não está ainda definida, pode acontecer logo, pode levar mais tempo, ainda depende de alguma circunstância. Temos aí, o verbo encontrar no Futuro do Subjuntivo.

Normalmente, este tempo vem atrelado a declarações subordinadas, muitas vezes introduzidas pelas conjunções quando ou se (se eu falar com ele, quando eu viajar).

Bem, e qual o problema destes dois? O problema é que, nas formas regulares de verbos neste tempo verbal, a grafia e a pronúncia do Infinitivo e do Futuro do Subjuntivo são idênticas. Vejam:

Eu ia falar sobre esse assunto na reunião. (Infinitivo)
Quando eu falar com o João, ele vai entender o caso. (Futuro do Subjuntivo).

Mas isso não é problema, não é mesmo? Realmente não é. O problema mesmo é quando um verbo no Futuro do Subjuntivo for irregular. Vamos a um exemplo?

Ele deve ser muito rico, pois tem um iate. (Infinitivo)
Quando meu filho for médico, ele vai ajudar muita gente. (Futuro do Subjuntivo)

Perceberam que alguns verbos são irregulares neste tempo e têm formas diferentes de seus infinitivos no Futuro do Subjuntivo? E muita gente acaba colocando, por engano, o infinitivo no lugar do Futuro...

Querem ver?

É muito comum ouvir pessoas dizendo: Quando ela "pôr" a roupa nova, vai ficar feliz. Quem não fica feliz é a norma...

Por isso, vou listar aqui alguns verbos irregulares no Infinitivo Impessoal (o primeiro na lista) e no Futuro do Subjuntivo (segundo na lista), para esclarecer as formas corretas.

caber - quando eu couber.
dar - quando eu der.
estar - quando eu estiver.
fazer - quando eu fizer.
haver - quando eu houver.
ir - quando eu for.
pôr - quando eu puser (e assim os compostos: quando eu compuser, quando eu opuser, quando eu depuser, e outros).
querer - quando eu quiser.
saber - quando eu souber.
ser - quando eu for.
ter - quando eu tiver (e os composto, quando eu detiver, quando eu retiver, quando eu mantiver).
trazer - quando eu trouxer.
ver - quando eu vir (e quando eu revir).
vir - quando eu vier.

Observação: cuidado com o verbo requerer. Ele é regular no Futuro do Subjuntivo, portanto, devo dizer quando eu requerer, e não quando eu "requiser", está bem?

Claro que existem muitos outros, mas é somente para esclarecer os verbos mais em uso da língua.

Até que é simples, não é mesmo? Somente tomar cuidado para não misturar o lé com o cré.

Espero que tenham entendido mais essa!

Um beijo e até mais!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Aulas disponíveis para quem for de São Paulo.



Bom dia, minha gente! 


Como está no sangue, comunico a todos que, a partir desta semana, tenho horários disponíveis para aulas de reforço de Língua Portuguesa, Redação, Literatura para alunos que têm dificuldades na área, sejam de que nível de estudo forem, ou mesmo para adultos que queiram, ou precisem, aprimorar o domínio do nível formal da língua.

Também aulas de francês para os que quiserem iniciar no conhecimento da língua do Molière...

E revisão de textos para trabalhos escolares ou de nível superior.

Horários diversificados e preços acessíveis. 

Ah, e tenho local para atendimento no Tatuapé, próximo ao metrô Carrão. 

Entrem em contato in-box pelo meu Facebook, é só procurar Jefferson Rosado, está bem? 


Beijos e bons estudos!

sábado, 20 de janeiro de 2018

Deu "tilt"... ou "bugou"... depende da idade... rsrsrsrs

Minha gente, bom dia!

Por imperícia tecnológica do proprietário do blog (eu mesmo), uma "manobra" errada acabou apagando (definitivamente...) TODOS os comentários feitos no nosso espaço...

Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa!!!

Se acaso alguém tinha alguma pergunta ou dúvida a ser esclarecida, por favor, poste novamente, para que eu possa responder...

Isso é que dá uma pessoa tentar mexer em algo moderno demais para ela... rsrsrsrsrsrs

Desculpem a nossa falha... 

Bom dia, um beijo a todos!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O Plus-que-Parfait - parte II - como se constrói e informações adicionais.

Bonjour, mes amis, vous allez bien?

Vamos terminar as informações sobre o Plus-que-parfait?

Como disse no nosso primeiro post (veja lá quem não viu), o Plus-que-parfait indica uma ação pontual que foi feita antes de uma outra ação no passado.

E lá eu mostrei como ele se forma no português. E como fazemos no francês?

Simples, vamos lá!

Primeiramente, por se tratar de um tempo composto, ele deve ter dois elementos básicos:

a) um verbo auxiliar, no caso os verbos avoir ou être, no tempo Imparfait;

b) um verbo principal no Participe Passé (existem tabelas para verificação das formas dos verbos irregulares; para os regulares, existem umas regrinhas que eu já expliquei nas postagens sobre o Passé Composé, vejam lá, está bem?).

Para facilitar nossa vida, passo a conjugação dos verbos avoir e être no Imparfait para vocês:

AVOIR: j'avais, tu avais, il avait, nous avions, vous aviez, ils avaient.

ÊTRE: j'étais, tu étais, il était, nous étions, vous étiez, ils étaient.

Vemos a pessoa, conjugamos o auxiliar no Imparfait, colocamos o participe passé do verbo principal e... voilà! O Plus-que-parfait estará conjugado!

Vamos ver alguns exemplos?

Eu tinha comido: j'avais mangé.

Nós tínhamos falado: nous avions parlé.

Você tinha feito: tu avais fait.

E assim vai...

Observação: 

Lembre-se de que, como todo tempo composto em francês, que obrigatoriamente trabalha com os auxiliares e também particípios passados de verbos, o Plus-que-parfait segue as mesmas normas de uso de auxiliares que o Passé Composé. Há verbos que são conjugados com o auxiliar avoir (a maioria) e alguns que devem ser conjugados com o auxiliar être (verificar a lista desses verbos nas postagens sobre os Passé Composé).

Então dizemos:

Eu tinha saído: j'étais sorti.

Eu tinha me lavado: je m'étais lavé.

Nós tínhamos chegado: Nous étions arrivés.

Notem ainda que, com o auxiliar être, devemos ver, para todos os casos, a concordância do particípio passado com o sujeito, conforme explicado detalhadamente nas postagens sobre o Passé Composé, ao passo que existem casos de concordância do particípio passado com o verbo avoir (poucos), também tratados lá.

Aconselho fortemente que vocês revejam aqueles tópicos para lembrar desses detalhes, ou conhecê-los, se ainda não o fizeram.

Os tempos compostos em francês se comportam dentro da mesma estrutura de usos de auxiliares e de concordância.

Só para finalizar, não se esqueçam que o Plus-que-parfait é um tempo que trabalha associado com outro passado que ocorre depois dele.

Exemplos:

Quando chegamos à praia (ação no passado), já havia chovido (ação anterior no passado) muito.

Quand nous sommes arrivés (Passé Composé) à la plage, il avait déjà beaucoup plu (Plus-que-parfait).

Espero que todos tenham compreendido este tempo verbal.

Se houver dúvidas ou dificuldades, não hesitem em perguntar, está bem?

Je vous souhaite un très bon week-end!

Je vous embrasse! À bientôt!



sábado, 13 de janeiro de 2018

O Plus-que-parfait - parte I - quem está preparado?

Bonjour, mes amis, vous allez bien?

Vamos falar nesta postagem de um assunto simples, mais um tempo verbal do francês: o Plus-que-parfait.

Primeiramente, é bom relembrarmos deste tempo verbal no português. Num segundo momento, depois de conhecermos bem esse tempo na nossa língua, passamos para o francês.

Para nós, esse tempo é o chamado Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Modo Indicativo. O quê?

Simples, apesar de ser composto...

O mais-que-perfeito indica uma ação pontual (um ponto definido no passado) que ocorreu antes de uma outra ação no passado (que pode ser também pontual, ou mais extensa e continuada). 

Normalmente, usamos a forma composta em português, já que a forma simples caiu em desuso, e no português não se fala mais com este tempo. Ela só existe ainda em expressões idiomáticas e na literatura, na forma escrita portanto.

Vamos ver como ele funciona?

Eu cheguei cedo em casa. Temos aqui uma ação pontual no passado. Se eu quiser falar de uma ação no passado anterior a chegar cedo, forçosamente eu terei de usar o tal de mais-que-perfeito. Digamos que, antes de eu chegar, a Maria saiu de casa.

Eu diria: Quando eu cheguei em casa (ação pontual no passado), Maria já tinha saído (percebam que essa ação no passado ocorreu antes de eu chegar). 

Este tempo composto (formado por dois verbos) que ocorreu antes do outro no passado é o famoso mais-que-perfeito. Entenderam?

Ele é formado pelos verbos ter ou haver (auxiliares) mais o verbo principal.

O verbo auxiliar deve ser conjugado no tempo Pretérito Imperfeito do Indicativo. Vou conjugar os dois auxiliares nesses tempos:

tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham, ou
havia, havias, havia, havíamos, havíeis, haviam.

Já o verbo principal (o que traz a informação mais importante) deve estar na forma nominal particípio passado

Só lembrando que essa forma pode ser regular (amar-amado, vender-vendido, partir-partido) ou irregular (acender-aceso)

Bem, agora vamos ao francês.

No francês, esse tempo funciona exatamente da mesma maneira. Ele também indica uma ação no passado que ocorre anteriormente a uma outra no passado (seja pontual ou não).

Em francês, as ações pontuais são marcadas por qual tempo mesmo?

Quem disse Passé Composé, acertou!

Se eu digo em francês que eu comprei o jornal e, antes disso, Marie comprou uma revista, como ficaria? 

Ficaria assim:

Quand j'ai acheté le journal (ação pontual no passado), Marie avait déjà acheté une magazine (ação pontual no passado anterior à primeira).

Bem, e como se constrói o Plus-que-parfait no francês? Da mesma maneira que em português, com a diferença de usos dos auxiliares.

Como essa explicação é extensa, na segunda postagem desta série vamos falar dela, está bem?

Espero que esta introdução seja útil para a compreensão do Plus-que-parfait no francês.

Não percam o final! Je vous embrasse! À tout à l'heure!




segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Encontros vocálicos - ditongo, tritongo, hiato (ainda existe isso?!).


Bom dia, minha gente, bom ano de 2018 para todos vocês que consultam nosso espaço!

Eu sei que estou devendo muito novas postagens, mas o ano de 2017 foi bastante enrolado, sabe?

Neste 2018, que inicia agora, vou postar mais frequentemente, porque sempre há algum assunto que nos deixa de cabelo em pé, não é mesmo?

Vamos falar nesta postagem sobre um assunto que muitos pensam que nem existe mais, os famosos encontros vocálicos (ditongo, tritongo, hiato).

Eles continuam a existir e quebra um galhão saber sobre eles quando temos de estudar outras normas da língua, como acentuação gráficaseparação de sílabas ou até mesmo métrica

Quantas vezes não vemos coisas como: acentuam-se os ditongos abertos, ou a famosa regra do hiato na acentuação, ou quando separamos sílabas, saber se em uma delas temos ditongo e deixamos junto, ou se é hiato e separamos...

Pois bem, para dirimir suas dúvidas, vamos explicar isso!

Primeiramente, devemos saber a diferença entre vogal e semivogal.

Uma vogal é um som que sai num só lance de ar, sem obstáculos, e que constitui a base de toda sílaba na língua portuguesa. Não existe sílaba sem vogal.

Exemplos: pá, rede, amor, único

Já a semivogal é um som mais brando, que se une a uma vogal de base, com som mais forte, e esses dois sons são emitidos de uma vez só, num único ato.

Exemplos: deixo, mau, dói, souber.

Em laranja (vogais); em roxo (semivogais).

Podemos perceber que cada grupo de sons representados por "vogais" escritas são pronunciados juntamente. Ninguém fala de-i-xo, mas falamos dei-xo. 

Como somente pode haver uma vogal numa sílaba, no caso de dei-xo, vamos ver que o som "e" é mais preponderante, enquanto o som "i" é mais brando, mais rápido. O "e" na sílaba é uma vogal e o "i" é uma semivogal.

Tudo bem até aqui? Ótimo, agora podemos ver os encontros:

A- DITONGO: temos ditongo quando, dentro de uma sílaba, encontramos uma vogal associada a uma semivogal, e que estão sempre unidas, não podem ser separadas, pois a semivogal se apoia na vogal e ambas são emitidas num só lance de ar.

Exemplos: pei-xe, sá-bio, fui, pais.

B- TRITONGO: mesmo princípio do ditongo, mas temos um encontro, na mesma sílaba, de uma vogal de base cercada por duas semivogais, pronunciadas de maneira mas fraca, num só lance de ar.

Exemplos: U-ru-guai.

Os tritongos são muito raros no português.

C- HIATO: a palavra hiato quer dizer espaço. Vocalicamente, temos um hiato quando uma palavra tem duas vogais (fortes) lançadas em dois momentos distintos, e que, na separação silábica, ficam separadas, porque não se pode ter na nossa língua duas vogais na mesma sílaba (como já disse).

Exemplos: po-e-ta, sa-í-da, pa-ís, ju-iz.

Em nenhuma das palavras acima nós podemos falar os sons vocálicos unidos, e eles são pronunciados de maneira isolada, pois cada vogal pede um lance de ar e deve estar separada vocalicamente de outra. E na escrita, marcamos isso separando as duas vogais. Isso é um hiato.

Na verdade é bem simples, não é mesmo?

Espero que vocês tenham entendido e gostado de mais esta dica.

Se tiverem dúvidas, perguntas, ideias ou assuntos que queiram que eu analise, fiquem à vontade!

Espero por vocês.

Boa semana e bom início de ano! Beijo e até mais!