domingo, 5 de junho de 2016

Poesia francesa - Charles Baudelaire - L'Ennemi .



Bonjour, mes amis, vous allez bien ?


Vamos falar um pouco mais sobre a poesia francesa. Afinal, cultura geral, e francesa, sempre caem bem, principalmente num domingo assim nuageux, n'est-ce pas ?


Falemos então um pouco a respeito de um dos nomes mais conhecidos na Literatura Francesa: Charles Baudelaire.

Baudelaire nasceu em 1821 e faleceu jovem, aos 46 anos, em 1867. Ele teve um curto período de vida, mas as conturbações neste pouco tempo foram mais do que suficientes.

Filho de pais remediados, tinha problemas de comportamento, o que levou seu pai a mandá-lo para fora da França, com destino à Índia. No meio do caminho, na Ilha de Réunion, ele desembarca e retorna à França, afastando-se da família.

Com a morte do pai, ele herda sua parte do dinheiro e começa a gastar muito. Sua mãe, por receio de que ele gastasse tudo o que tinha, entrou com um processo contra ele por ser pródigo, e seu dinheiro começa a ser administrado por um terceiro.

De gênio inconstante, Baudelaire envolveu-se com drogas e teve uma vida confusa, e, em 1857, lança sua obra mais famosa, As Flores do Mal (Les Fleurs du Mal), coletânea de 100 poemas. Nele, vemos a visão de mundo de Baudelaire, pessimista, realista e com doses de erotismo. Sua obra foi censurada pelas autoridades na época por causa de somente dois poemas.

Baudelaire é considerado um dos precursores do Simbolismo, mas não é como os demais simbolistas, tão apegado ao subjetivismo.

Também leva o mérito de ser o criador da poesia dita moderna, por causa da variedade e dos temas de sua obra.

Veremos abaixo um soneto do livro Les Fleurs du Mal, intitulado L'Ennemi (O Inimigo). Nele, vemos a angústia do poeta diante do tempo que passa e que leva a juventude e também a vida.

Espero que gostem e que conheçam os belos poemas de Baudelaire.

Je vous embrasse ! Bonne semaine à tous et à toutes!


L'Ennemi

Ma jeunesse ne fut qu'un ténébreux orage,
Traversé çà et là par de brillants soleils;
Le tonnerre et la pluie ont fait un tel ravage,
Qu'il reste en mon jardin bien peu de fruits vermeils.

Voilà que j'ai touché l'automne des idées,
Et qu'il faut employer la pelle et les râteaux
Pour rassembler à neuf les terres inondées,
Où l'eau creuse des trous grands comme des tombeaux.

Et qui sait si les fleurs nouvelles que je rêve
Trouveront dans ce sol lavé comme une grève
Le mystique aliment qui ferait leur vigueur? 


— Ô douleur! ô douleur! Le Temps mange la vie,
Et l'obscur Ennemi qui nous ronge le coeur
Du sang que nous perdons croît et se fortifie!

— 
Charles Baudelaire

domingo, 29 de maio de 2016

Para finalizar o período composto, as orações reduzidas!!!



Bom dia, meus queridos, e a vida, está boa?

Falamos há algum tempo sobre o período composto, as orações coordenadas e subordinadas e sua classificação.

Faltou que nós comentássemos um pouco a respeito da última parte desse estudo, que toca o assunto das orações reduzidas no período composto.

Por isso, resolvi fazer esta postagem para esclarecer essa história do que sejam essas orações e qual a forma mais correta de desenvolvê-las e analisá-las.

Então, vamos lá ?

Primeiramente, importante fazer uma distinção entre uma oração desenvolvida e uma reduzida.

Chamamos de oração desenvolvida, segundo a norma gramatical vigente, toda e qualquer oração que tenha as seguintes características:

a) seja introduzida por conectivo (seja conjunção ou pronome relativo). Isto exclui as orações coordenadas assindéticas e as orações principais, pois não são introduzidas por conectivo;

b) tenha um verbo conjugado em qualquer modo ou tempo verbal.

Exemplo: Todos fomos ao evento, mas Mário chegou atrasado.

Vemos no exemplo acima que a segunda oração é desenvolvida, porque é introduzida pela conjunção coordenativa adversativa mas e tem o verbo chegar conjugado no Pretérito Perfeito do Indicativo.

A primeira oração não é desenvolvida, pois se trata de uma oração coordenada assindética.


Vejamos agora as características da oração chamada de reduzida:

a) não é introduzida por conectivo (seja conjunção ou pronome relativo);

b) tem o verbo em uma das formas nominais: infinitivo (-ar, -er, -ir), gerúndio (-ando, -endo, -indo) e particípio (-ado, -ido). Lembremos que existem também tanto o infinitivo conjugado (pessoal), como falarmos, venderem, sermos, quanto os particípios irregulares, como aceso, feito, posto, entre outros;

c) não se trata de oração coordenada assindética ou oração principal, porque estas não são introduzidas por conectivo quando desenvolvidas.

Exemplo: Não teremos sucesso ___ agindo desta maneira.

Perceba que a segunda oração acima não tem conectivo (ausência que deixei marcada por um traço somente para chamar sua atenção...) e o verbo dela está numa forma nominal (no caso, no gerúndio). Por estas características ela é uma oração reduzida.

Observação: a oração é reduzida se tiver todas as características acima ao mesmo tempo. Então, se o verbo estiver numa forma nominal e a oração for introduzida por conectivo, ela não será reduzida.


Depois de localizar a oração reduzida, podemos desenvolvê-la e analisar dentro dos parâmetros normais de coordenação ou subordinação:

Ex.: É preciso nós estudarmos muito para a prova. (sem conectivo e verbo no infinitivo) - ela está numa forma reduzida.

        É preciso que nós estudemos para a prova. (com conectivo "que" e verbo conjugado) - ela está agora numa forma desenvolvida.

Analisando: O que é preciso? ISSO é preciso (a oração é subordinada substantiva). A oração funciona como sujeito da oração principal.

A análise terminada:

Primeira oração: oração principal.

Segunda oração: oração subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo (pois esta era a forma original dela).

Não é difícil. Necessário é desenvolver e analisar depois normalmente, sem nos esquecer de dizer qual tipo de redução existe na oração coordenada ou subordinada.

Vamos a outro exemplo:

Os alunos, satisfeitos com os resultados da prova, comemoraram muito.

A segunda oração está numa forma nominal (particípio) e não é introduzida por conectivo. É uma oração reduzida.

Vamos desenvolvê-la.

Os alunos, que estavam satisfeitos com os resultados da prova, comemoraram muito.

Colocamos o pronome relativo "que" e o verbo estar conjugado. Agora ela está desenvolvida. Vamos à análise.

Os alunos, os quais estavam satisfeitos... (ela é oração subordinada adjetiva).

A análise terminada:

Primeira oração: oração principal.

Segunda oração: oração subordinada adjetiva explicativa, reduzida de particípio (pois era esta a forma original dela).


Ufa! Missão cumprida !!! Dúvidas? Perguntem depois e eu respondo.

Espero ter esclarecido esta questão. Um abraço e boa semana a todos ! Beijos!






domingo, 22 de maio de 2016

Uso geral dos adjetivos em francês



Bonjour, mes amis, ça va, vous?

Hoje, falaremos sobre um assunto interessante: os adjetivos em francês, seu uso, principalmente sua colocação em relação ao substantivo.

Em francês, adjectif se refere a qualquer palavra que acompanha o substantivo, o que para nós são pronomes ou os adjetivos qualificativos propriamente ditos.

Assim, eles têm adjectif numérique (para nós numerais), como trois, cinq, premier, double, tiers, entre os infinitos que existem.

Também adjectifs démonstratifs (pronomes demonstrativos), como ce, cette, ces.

Há os adjectifs possessifs (pronomes possessivos), como mon, notre, vos, leurs.

Outros são os adjectifs inféfinis (pronomes indefinidos), como quelques, certain, chaque, aucun, entre outros.

E os adjetivos qualificativos, chamados simplesmente de adjectifs.

Normalmente eles indicam, entre outras coisas:

a) nacionalidade, forma geométrica, cor: un homme brésilien, une table ronde, une jupe verte.

b) relação: un produit chimique.

c) sentimentos: un jour heureux, une femme jalouse.

d) qualidades a partir de particípios de verbos: un jus sucré, une fenêtre fermée, une femme adorée.

Em sua maioria, os adjetivos qualificativos vêm colocados depois de seu substantivo, como é regra geral nas línguas latinas:

Ex.: Cette voiture est vraiment magnifique!

Mas, na maioria dos casos, ele pode também ser colocado na frente do substantivo:

Ex.: C'est vraiment magnifique cette voiture!

Alguns adjetivos são por uso frequente e por tradição colocados o mais das vezes na frente do substantivo que determinam, como grand, petit, gros, vieux, jeune, bon, mauvais, beau, joli, long, large, nouveau, dernier, prochain.

Ex.: J'ai lu un petit livre. Jean est un grand ami. 

Normalmente, quando o adjetivo é colocado na frente ou depois do substantivo, seu sentido fica alterado, porque o adjetivo na frente prioriza e dá destaque à qualidade que se quer declarar.

Ex.: C'est un livre excellent. (o livro é muito bom).
        C'est un excellent livre. (o livro é muito mais que bom).


Observação 1: Quando o substantivo é determinado por artigo indefinido plural, e o adjetivo vem após ele, a construção deve ficar do seguinte modo:

J'ai assisté à des classes de français parfaites.

Mas se o adjetivo vier antes, devemos escrever assim:

J'ai assisté à de parfaites classes de français.


Observação 2: Atenção ao escrever:

Ces voitures sont belles! (substantivo seguido do adjetivo, este varia)

Les roses, c'est beau! (substantivo separado por vírgula, adjetivo invariável)


Espero ter esclarecido alguns pontos sobre o uso dos adjetivos. 

Je vous embrasse ! Bonne journée à tous et à toutes!




domingo, 15 de maio de 2016

Funções da linguagem

Bom dia, meus queridos, tudo bem ?


Hoje o assunto é mais voltado aos estudantes, principalmente aqueles que desejam passar em concursos vestibulares ou no ENEM.

A área de língua passa frequentemente por este assunto: as funções da linguagem.

Todos sabemos que, quando se escreve um texto, ele é escrito com um objetivo específico e prioriza um dos elementos da comunicação.

Dependendo disso, dizemos que uma função da linguagem é mais utilizada, sendo que as outras podem também aparecer por lá. Esta função tem como objeto chamar a atenção do leitor/ouvinte, de modo que ele seja tocado e aceite o texto e para que este cumpra seu ensejo comunicativo.

Vamos ver como essas funções ocorrem?

São seis as funções da linguagem:

Função referencial (ou denotativa)

Esta função privilegia a informação, a mensagem. Normalmente ela é vista em textos informativos (científicos ou não), jornalísticos e afins, de natureza mais objetiva.

Esta função é essencial porque, em maior ou menor grau, todo texto carrega informações.


Função emotiva (ou expressiva)

Esta função prioriza o emissor, seus pensamentos, sentimentos e ideias. É mais subjetiva, menos ao pé da letra como vemos na função referencial.


Função conativa (ou apelativa)

Como o nome diz, ela parte de uma apelação, um chamado, que busca tocar o leitor/ouvinte, o receptor, de modo a que ele aceite algo que o texto apresenta.

É muito comum em textos publicitários, em declarações que buscam valorizar o receptor, que é a base desta função.


Função fática (de contato)

Esta função se fixa no canal utilizado. Tenta manter a linha da conversa ou do texto, a interação entre as partes. 

Muito comum na fala, é marcada por expressões que testam se a comunicação está sendo mantida e se o emissor e o receptor estão conectados.

Quando você diz "bom dia!", não quer saber isto; na verdade, só quer manter contato; é um uso da função fática.


Função poética

Fixa-se na mensagem, em sua beleza e expressividade única do texto. Muito comum na poesia, onde o trivial pode ser relatado de maneira diferenciada e bela.


Função metalinguística

Esta função prioriza o código (no caso, a língua). Ela ocorre quando a língua cita a própria língua, ou quando a língua é utilizada para explicar a si mesma. 

Temos função metalinguística, por exemplo, num dicionário, onde os vocábulos do léxico são explicados a partir de elementos da própria língua.


Na verdade, os concursos vestibulares têm muito interesse em verificar se os estudantes conseguem diferenciar e localizar essas funções em textos de diversos tipos, e isto é cada vez mais cobrado nas provas.

Espero ter esclarecido um pouco este assunto. Se houver dúvidas, favor entrar em contato.

Bom final de semana a todos! Beijo!




domingo, 8 de maio de 2016

Homenagem ao dia das mães - Une Mère - Lynda Lemay






Bonjour, mes amis, ça va, tout le monde ?

Aujourd'hui on fait un hommage plus que mérité 
aux mères.

Si vous avez votre mère près de votre coeur, embrassez-la, elle n'attend que cela.

Si vous ne l'avez plus, faites une petite prière, et vos coeurs seront finalement ensemble.

Les mères sont les anges gardiens que Dieu nous envoie pour que notre vie soit 
plus douce et heureuse.

N'oubliez jamais cela, mes très chers.



Bon Jour des Mères! Je vous embrasse tous, 
enfants et mères!


À la prochaine!










Une mère 

Ça travaille à  temps plein, ça dort un œil ouvert 
C'est d'garde comme un chien 
Ça court au moindre petit bruit, ça s'lève au petit jour 
Ça fait des petites nuits. 
C'est vrai, ça crève de fatigue 
Ça danse à  tout jamais une éternelle gigue 
Ça reste auprès de sa couvée 
Au prix de sa jeunesse, au prix de sa beauté. 

Une mère, 
Ça fait ce que ça peut, ça ne peut pas tout faire, 
Mais ça fait de son mieux. 
Une mère, 
Ça calme des chamailles 
Ça peigne d'autres cheveux que sa propre broussaille 

Une mère, 
C'est plus com' le autres filles 
Ça oublie d'être fière 
Ça vit pour sa famille 
Une mère, 
Ça se confine au bercail 
C'est pris comme un noyau 
dans le fruit de ses entrailles 


Une mère, 
C'est là  qu'ça nous protège 
Avec les yeux pleins d'eau, les cheveux pleins de neige 
Une mère, 
A un moment, ça s'courbe, ça grince quand ça s'penche 
Ça n'en peut plus d'être lourde 
Ça tombe, ça se brise une hanche 
Puis rapidement, ça sombre 
C'est son dernier dimanche 
Ça pleure et ça fond à  vue d'oeil 
Ça atteint la maigreur des plus petits cercueils 
O bien sûr, ça veut revoir ensemble 
toute sa progéniture entassée dans sa chambre 
Et ça fait semblant d'être encore forte 
Jusqu'à  c'que son cadet ait bien r'fermé la porte 
Et lorsque, tout' seule ça se retrouve 
Ça attend dignement qu'le firmament s'entr'ouvre 
Et puis là , ça se donne le droit 
De fermer pour une fois les deux yeux à  la fois 

Une mère ça ne devrait pas partir 
Mais on n'y peut rien faire 
Mais on n'y peut rien dire. 




domingo, 1 de maio de 2016

Pronome do caso reto ou pronome do caso oblíquo - qual usar ?



Bom dia, minha gente, tudo bem por aí ?

Vamos tirar dúvidas a respeito dos pronomes que devem ser usados em determinadas circunstâncias, se são os do caso reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas) ou os do caso oblíquo (me, mim, comigo, se si, consigo, o, a, lhe, entre outros).

Dúvidas no estilo de É para "mim" fazer ou É para "eu" fazer... Percebem que é um perrengue? E muita gente não sabe o que fazer nessas horas... Mas os seus problemas acabaram!!!

Bem, vamos lá.

Primeiramente, pronome do caso reto, também chamado de pronome sujeito, é aquele que utilizamos como sujeito das orações, os que devem ser usados para conjugar verbos.

Daí já respondemos a uma questão.

Vejamos o exemplo: 

Pegue este caderno para eu anotar as informações. 

Temos um verbo (anotar), cujo sujeito sou eu. Como há verbo e sujeito, só podemos utilizar o pronome reto, e não o pronome oblíquo mim... Não podemos dizer Pegue este caderno para "mim" anotar as informações, porque "mim" não realiza as ações...

Do mesmo modo, siga o próximo exemplo:

Comprei este presente para mim

Vejam que depois de mim não há verbo, e o pronome vem depois de uma preposição (para), então deve ser o pronome oblíquo, chamado assim por ser sempre objeto, isto é, complemento de verbo. 

Então, Comprei este presente para mim está correto. Não podemos dizer Comprei este presente para "eu", já que eu deve obrigatoriamente conjugar verbo.

Portanto, nunca mais digam frases como as abaixo:

Deu para "mim" ver o filme ontem.
É para "mim" chegar cedo amanhã.
Arrumei dinheiro para "mim" comprar um celular novo.

Mas:

Deu para eu ver o filme ontem.
É para eu chegar cedo amanhã.
Arrumei dinheiro para eu comprar um celular novo.

Certo até aqui?

Outra dúvida comum é se devemos dizer:

Deixe ele falar primeiro ou Deixe-o falar primeiro.

Esta é mais complexa...

Os verbos deixar, fazer, mandar, ver, escutar, ouvir e sentir regem pronome oblíquo, isto é, devem ser seguidos de pronomes oblíquos, mesmo se depois deles houver um verbo, normalmente no infinitivo.
Isto é uma norma que contradiz aquela do pronome reto que deve ser usado com verbos...

Então, na frase acima, o correto é Deixe-o falar, e não Deixe ele falar.

Assim devem ser também os exemplos abaixo:

Vi-os passar pelo corredor do shopping, e não Vi eles passarem  pelo corredor do shopping.
Mande-os entrar na sala, e não Mande eles entrarem na sala.
Faça-a estudar aquela lição, e não Faça ela estudar aquela lição.

Ufa! Estes casos deixam a gente realmente em dúvida, não é mesmo ?

Bem, se estas dúvidas persistirem, não hesitem em me contatar.

Beijos e bom final de semana!


domingo, 24 de abril de 2016

Página no Facebook!!!





Povo da minha terra, curtam minha página no Facebook !!!

https://www.facebook.com/jeffersonrosadoprofessor/?pnref=story

Beijos!

Mais um pouco de francês: as diferenças entre artigos indefinidos, definidos, partitivos e contraídos.



Bonjour, mes amis, vous allez bien? J'espère que oui!

Hoje, vamos esclarecer alguns pontos de uso e diferenciação entre os quatro tipos de artigos do francês: os indefinidos, os definidos, os partitivos e os contraídos.

É na verdade algo muito simples, mas ainda pode haver alguma confusão em seu uso.

Allons-y?

a) Os artigos indefinidos são aqueles que determinam os nomes de forma geral, que indicam os seres de maneira imprecisa, vaga. Em francês, eles são obrigatórios, não podemos dispensá-los como fazemos no português, mesmo se os nomes estiverem no plural.

Exemplos:

J'ai acheté un journal. (eu comprei um jornal - qualquer, não determinado).
J'ai eu des idées très bonnes (tive ideias muito boas - nós não colocamos o artigo, mas eles colocam - ideias não determinadas até o momento)

Nos casos acima, sempre usamos os artigos indefinidos em francês (un, une, des)

b) Os artigos definidos são os que usamos para indicar seres determinados, individualizados, dos quais falamos de modo mais detalhado e completo. 

Exemplos: 

Nous allons voir la mère de Marie. (vamos ver a mãe de Marie, um ser determinado, não geral).
Elle va apporter les livres de littérature. (ela vai trazer os livros de literatura, determinados)

Observação: em francês, os artigos definidos devem ser usados com os seguintes verbos: aimer, adorer e préférer.

J'aime la chanson française.
J'adore les films de Godard.
Je préfère la pâte.

Nos casos acima, nós usamos os artigos definidos em francês (le, la, l', les)

c) Os artigos partitivos são usados quando não indicamos a quantidade exata de algo, como por exemplo no caso de comidas e de bebidas. Em português podemos dizer que comemos carne no almoço, sem dizer o quanto comemos. O francês diz que ele comeu da carne (um pouco dela), se não disser o quanto foi em quantidades mensuráveis.

Exemplos:

Je mange du pain au petit-déjeuner. (como pão no café da manhã)
Je bois du thé. (eu bebo chá)

Se a quantidade for determinada, o partitivo deve ser retirado.

J'ai bu un verre de vin hier soir. (bebi um copo de vinho ontem à noite - temos medida - um copo - o partitivo é retirado)

Também o partitivo é usado quando falamos de sentimentos, atividades físicas ou sobre substantivos incontáveis.

Exemplos:

Monique a de la chance. (Monique tem sorte)
Il aime faire du football (ele ama jogar futebol)
Jean a de l'argent pour voyager. (Jean tem dinheiro para viajar)

Nos casos acima, usamos os artigos partitivos do francês (du, de la, de l', des)

d) Os artigos contraídos na realidade são junções de preposição (à, de) com os artigos definidos do francês (le, la, les). São usados quando temos uma palavra, que pede preposição, que é seguida de um nome que admite um artigo.

Exemplos:

La maison de + le professeur est belle = la maison du professeur est belle.
Elle est allé à + le cinéma = elle est allé au cinéma.
La jalousie de + les amants = la jalousie des amants

Nos casos acima, devemos usar os artigos contraídos com a preposição à (au, à la, à l', aux) ou contraídos com a preposição de (du, de la, de l', des).

Nossa, não é tão difícil, não é mesmo? Dúvidas, entrem em contato.

Je vous embrasse! à toute à l'heure!


domingo, 17 de abril de 2016

Vozes do verbo



Bom dia, minha gente, tudo bem ?

Vamos hoje falar sobre um assunto simples e que alguns ainda têm como desconhecido: as vozes do verbo.

Reconhecer os seus tipos e como eles se estruturam é importante para outros estudos da língua, como análise sintática de período simples com voz passiva, algumas regras de concordância e de regência, entre outros. O português é cumulativo, uns assuntos interferem na aprendizagem de outros, não é mesmo ?

Vamos conhecer as vozes verbais ?

São três as vozes do verbo:

1 - Voz ativa: nesta voz, o sujeito realiza a ação indicada pelo verbo, e é chamado de sujeito ativo.

Exemplo: Os animais pastavam calmamente.

2 - Voz passiva: nesta voz, o sujeito não realiza o fato declarado pelo verbo, mas recebe a ação, e é conhecido como sujeito paciente.

Exemplo: Maria foi vista na porta de casa.

A voz passiva pode ser criada a partir de dois processos distintos, que explicamos abaixo:

a) voz passiva analítica: é criada de forma analítica, isto é, mais longa. Temos neste caso um verbo na voz passiva, formado por uma locução verbal formada por um verbo auxiliar (no caso o verbo ser) acompanhado pelo verbo principal no particípio passado. 

Exemplo: O cachorrinho foi alimentado por sua dona. (o animalzinho rebebe a ação descrita pelo verbo, temos uma locução verbal, verbo na voz passiva - a voz é passiva).

Neste caso, é comum, mas não obrigatório, que o ser que realizou a ação, e que não é o sujeito, apareça na declaração. Ele é introduzido pela preposição por e suas contrações (pelo, pela, pelos, pelas). Este termo é chamado de agente da passiva. Veja bem, ele não é o sujeito, mas realiza a ação quando temos a voz passiva

b) voz passiva sintética: é criada de forma sintética, mais curta. Usamos neste caso o verbo conjugado mais o pronome apassivador "se".

Exemplo: Vende-se casa no campo. (a casa é vendida no campo, ela recebe a ação, é voz passiva).

Observação 1: Quando temos voz passiva sintética, o verbo deve concordar com o sujeito; se ele estiver no singular, o verbo é conjugado no singular; se for plural, o verbo deve ir para o plural. 

Exemplo: Vende-se casa. (sujeito casa no singular, verbo no singular)
                 Alugam-se salas comerciais. (sujeito salas comerciais no plural, verbo no plural)

Observação 2: A voz passiva sintética existe somente se o verbo em questão for transitivo direto, isto é, se for verbo que precisa de complemento sem preposição.

Exemplo: Estudam-se muitas matérias naquele colégio (muitas matérias são estudadas - voz passiva, porque o verbo estudar é transitivo direto, quem estuda, estuda alguma coisa, e o sujeito vem logo depois do verbo).

Já na frase: Precisa-se de empregada, não podemos transformar a declaração em "empregada é precisada"... não há lógica, o verbo precisar é transitivo indireto, precisa de complemento com preposição - neste caso não temos voz passiva, a classificação é outra, que estudaremos noutra ocasião, e o verbo fica sempre no singular).

3 - Voz reflexiva: nesta voz, o sujeito ao mesmo tempo faz e recebe a ação descrita pelo verbo.

Exemplo: A criança sujou-se no parquinho. (ela sujou a si mesma)

Bem, acho que assim temos uma informação básica a respeito deste assunto, não é mesmo ?

Dúvidas, entrem em contato. Um beijo e até mais!!!


domingo, 10 de abril de 2016

Les articles contractés - os artigos contraídos em francês



Bonjour, mes amis, vous allez bien ?


Hoje vamos falar sobre outro assunto muito simples, mas que ainda causa um certo problema para os iniciantes nos estudos de francês, e por que não dizer a todos, já que coisas pequenas que ficam martelando na nossa ideia atrapalham tanto ou mais até que as maiores, não é ?

Recebi um pedido de uma leitora de nosso blog, a Lídia Batinga, que queria uma postagem que falasse dos artigos contraídos do francês, les articles contractés.

Na verdade, o nome disso em português é a contração das preposições e dos artigos, e em francês o fato é o mesmo.

Começamos pelo nosso idioma para facilitar e explicar o que é isso.

Alguns verbos em português pedem preposições, e estas, quando se encontram com os artigos indefinidos ou definidos, fundem-se com eles, o que chamamos de contração.

Vamos ver alguns exemplos?

Quem vai, vai a algum lugar (o verbo pede preposição a); se depois do verbo ir, o substantivo seguinte é determinado por artigo, normalmente definido, a preposição se junta com ele e forma-se uma contração.

Exemplos: 
Fui a + o mercado = Fui ao mercado.
Fui a + a feira = Fui à feira.

Em português temos as seguintes contrações que ocorrem com as preposições a, de, em e por:

a + o = ao
a + a = à
a + os = aos
a + a = às

de + o = do
de + a = da
de + os = dos
de + as = das

em + o = no
em + a = na
em + os = nos
em + as = nas

por + o = pelo
por + a = pela
por + os = pelos
por + as = pelas

Obs.: em português, algumas preposições também se contraem com os artigos indefinidos, como num, numa, nuns e numas.

Em francês é ainda mais simples, porque eles lá só têm contrações com duas preposições, à e de.

Vamos ver como se contraem essas preposições e seus artigos definidos?

à + le = au
à + la = à la
à + les = aux

de + le = du
de + la = de la
de + les = des

O processo de uso é o mesmo. Temos verbos que pedem as preposições à e de seguidos por substantivos que são determinados pelos artigos definidos le, la, les.

Exemplos:

Je vais à + le marché = Je vais au marché. (ao mercado)
Tu vas à + la pharmacie = Tu vas à la pharmacie. (à farmácia)
Je viens de + le cinéma + Je viens du cinéma. (do cinema)
Tu viens de + la poste = Tu viens de la poste. (do correio)
C'est la place de + les arbres = C'est la place des arbres. (das árvores)
Je donne le livre à + les élèves = je donne le livre aux élèves. (aos alunos)

Temos algumas observações a fazer:

Não há para eles a contração com a preposição en, que tem em francês um outro uso.

Não confundir a preposição à (em português a) com o verbo il a, elle a (verbo avoir). Quando for a preposição sozinha, ela deve ser acentuada por acento grave. 

Não achar que a preposição à do francês indica um fenômeno de crase, como em português. Na nossa língua, um dos casos de crase é a contração da preposição a e dos artigos femininos a e as, que viram à e às.

Em francês, esta mesma contração é a da preposição à com os artigos femininos la e les, o que vira à la e aux.

Aconselho aos que têm dificuldades com o assunto da crase, que vejam em nossas postagens as que fiz sobre o assunto, está bem ?

Bem, por hoje acho que já é o suficiente. Continuo na próxima semana para diferenciar artigos definidos, indefinidos, partitivos e contraídos. 

Espero que o assunto esteja mais esclarecido, não é ?

Je vous souhaite une très bonne semaine. Au revoir, mes amis !


domingo, 3 de abril de 2016

Básico 1 do francês: os artigos indefinidos e os definidos



Bonjour, mes amis, vous allez bien ?

Para retomarmos nossas atividades do francês, decidi fazer uma postagem sobre um assunto básico, mas que ainda pode causar algum tipo de dúvida: o uso dos artigos indefinidos e definidos no francês.


Primeiramente, devemos deixar claro o que é um artigo indefinido e um definido.

O artigo indefinido acompanha os substantivos, abordando-os de maneira geral, sem determinar um tipo especial de substantivo.

Quando dizemos: comprei um livro, não determinamos qual foi; ele foi mostrado de maneira indefinida.

A partir do momento em que damos características mais detalhadas de um substantivo, e com isso o destacamos dos demais de sua espécie, devemos determiná-lo com os artigos chamados definidos.

Por exemplo, comprei um livro (qualquer). Mas, o livro que comprei é Senhora, de José de Alencar (o livro foi detalhado em suas características, devemos usar os artigos definidos aqui).

Em português, temos:

Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas.

Artigos definidos: o, a, os, as.

Em francês, a coisa funciona no mesmo sentido, com algumas variações.

Os artigos são classificados em francês:

Articles indéfinis: un, une, des.

Articles définis: le, la, l' (diante de palavra que começa por vogal ou h mudo, seja masculina ou feminina), les.

Dizemos em francês:

J'ai acheté un livre (qualquer), mas le livre de Sartre est très intéressant (determinado, destacado dos demais).

Algumas explicações extras:

a) contrariamente ao português, em francês devemos sempre determinar um substantivo com artigo, seja ele definido ou indefinido:

Ex.: Eu comi uma bala (j'ai mangé un bonbon); eu vi o pai de Marie (j'ai vu le père de Marie); tive pesadelos (j'ai fait des cauchemars)...

Em português, nós muitas vezes deixamos de lado o artigo indefinido, principalmente no plural (comprei jornais, vi filmes na TV, comi bananas). Em francês, o artigo deve ser marcado (j'ai acheté des journaux, j'ai regardé des films, j'ai mangé des bananes).

b) os artigos indefinidos un, une e des, quando na forma negativa, são substituídos por de:

J'ai vu une voiture, mas je n'ai pas vue de voiture.

J'ai des amis français, mas je n'ai pas d'amis français.

c) alguns verbos franceses pedem artigos definidos, como por exemplo aimer e préférer.

J'aime le chocolat (amo chocolote), je préfère le cinéma (prefiro cinema).

Há também os chamados articles partitifs em francês, mas já temos uma postagem publicada que fala sobre eles especificamente. Podem verificar se houver alguma dúvida, está bem ?

Bem, acho que é o suficiente para hoje.

Je vous souhaite une très bonne semaine. Je vous embrasse!!!