Bom dia, meus queridos, tudo bem ?
Finalmente terminamos hoje a saga das orações subordinadas. Já vimos, em postagem anterior, como localizamos os três grupos de orações subordinadas. Resta-nos hoje mostrar como elas se classificam por grupo, não é mesmo ?
Não percamos tempo.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Classificam-se em:
a) Restritivas: elas restringem, limitam a quantidade de seres a que se referem, a palavra restritiva vem do verbo restringir, limitar, tomar uma parte.
Ex.: As pessoas que vimos estavam bem vestidas. (falamos aqui de uma parte das pessoas, restringimos a quantidade, não falamos de todas as pessoas, mas somente aquelas que nós vimos).
b) Explicativas: explicam um termo antecedente da oração principal.
Ex.: As ações empreendidas, que estudamos ontem, são importantes para o nosso trabalho. (não são algumas ações, mas explicamos que estudamos todas elas no dia de ontem).
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Para este grupo, é necessário que façamos a análise sintática simples da oração principal. O termo da oração faltante é aquele que vem em forma de oração subordinada.
Ex.: Ela falou que estava com fome.
Analisando a oração principal, Ela falou, vemos que temos nela o sujeito simples (ela), o verbo falou (que indica ação - pred. verbal); analisando o verbo, vemos que ele é transitivo direto (precisa de complemento sem preposição); o que falta na oração ? O complemento do verbo falou (o quê?); logo vemos que este complemento é a oração que estava com fome, que funciona como objeto direto do verbo. Como se trata agora de uma oração inteira, não mais de um objeto direto simples, a classificação fica como oração subordinada substantiva objetiva direta.
Classificam-se em:
a) Subjetivas: funcionam como sujeito. Normalmente vêm após uma oração de tipo impessoal, como é necessário, é preciso, parece, entre outras.
Ex.: É importante que ela venha amanhã.
b) Objetivas diretas: funcionam como objeto direto de um verbo da oração principal.
Ex.: Todos disseram que estava tudo bem.
c) Objetivas indiretas: funcionam como objeto indireto de um verbo da oração principal.
Ex.: Elas gostavam de que fôssemos lá sempre.
d) Completivas nominais: funcionam como complemento nominal de uma palavra da oração principal, palavra esta que não pode ser verbo. Lembremos que os complementos nominais completam substantivos, adjetivos e até advérbios; os complementos de verbos são os objetos.
Ex.: Tenho esperanças de que tudo termine bem.
e) Predicativas: funcionam como predicativo do sujeito da oração principal. Lembremos que a oração principal deve ter um predicado nominal neste caso, isto é, ela deve ter um sujeito e um verbo de ligação.
Ex.: A situação melhor foi que todos puderam resolver as coisas.
f) Apositivas: funcionam como aposto de um termo da oração principal. Algumas vezes a oração apositiva vem introduzida por dois pontos, outras vezes somente por vírgula; o conectivo pode ser suprimido em alguns casos.
Ex.: Temos uma questão a resolver: que tudo esteja pronto até a apresentação do trabalho.
Classificam-se em:
a) Causais: indicam a causa de um fato que aparece como consequência na oração principal.
Já que estávamos adiantados, passamos antes da festa na casa de João.
b) Comparativas: mostram uma comparação entre seres; normalmente o verbo não aparece na oração comparativa, visto que ele já aparece na principal.
Marcela é mais esperta do que Marina (é esperta).
c) Consecutivas: indicam uma consequência cuja causa aparece na oração principal; normalmente a oração consecutiva é acompanhada de uma palavra intensificadora que está na oração principal.
Treinou tanto, que acabou sendo classificado nos jogos.
d) Condicionais: indicam condição.
Ex.: Se nos encontrarmos, poderemos pôr a conversa em dia.
e) Conformativas: indicam conformidade, que algo planejado se concretizou.
Ex.: Segundo a informação dada, a recepção acontecerá no salão nobre.
f) Concessivas: indicam uma exceção, uma concessão, que algo que estava quase certo não foi realizado desta vez.
Ex.: Embora tudo estivesse a seu favor, o réu foi condenado.
g) Proporcionais: indicam duas ações proporcionais; quando uma evolui, a outra também, quando involui, a outra também, ou elas podem ser inversamente proporcionais, quando uma evolui, a outra involui.
Ex.: À medida que andava pela região, mais conhecia sobre o povo de lá.
h) Finais: indicam finalidade, objetivo, meta a ser atingida.
Ex.: Estudamos para que tenhamos um futuro melhor.
i) Temporais: indicam tempo.
Ex.: Quando verifiquei as contas, vi muitas atrasadas.
Ufa! Longo, difícil, mas não é impossível, não é mesmo ?
Espero que tenha esclarecido um pouco este assunto.
Falta um dia falarmos sobre as orações reduzidas... mas isso é perrengue pra outro momento, está bom ?
Bom final de semana e um beijo a todos !