domingo, 27 de março de 2016

Período composto - as orações subordinadas II


Bom dia, meus queridos, tudo bem ?

Finalmente terminamos hoje a saga das orações subordinadas. Já vimos, em postagem anterior, como localizamos os três grupos de orações subordinadas. Resta-nos hoje mostrar como elas se classificam por grupo, não é mesmo ?

Não percamos tempo.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Classificam-se em:

a) Restritivas: elas restringem, limitam a quantidade de seres a que se referem, a palavra restritiva vem do verbo restringir, limitar, tomar uma parte. 

Ex.: As pessoas que vimos estavam bem vestidas. (falamos aqui de uma parte das pessoas, restringimos a quantidade, não falamos de todas as pessoas, mas somente aquelas que nós vimos).

b) Explicativas: explicam um termo antecedente da oração principal.

Ex.: As ações empreendidas, que estudamos ontem, são importantes para o nosso trabalho. (não são algumas ações, mas explicamos que estudamos todas elas no dia de ontem).

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Para este grupo, é necessário que façamos a análise sintática simples da oração principal. O termo da oração faltante é aquele que vem em forma de oração subordinada.

Ex.: Ela falou que estava com fome.

Analisando a oração principal, Ela falou, vemos que temos nela o sujeito simples (ela), o verbo falou (que indica ação - pred. verbal); analisando o verbo, vemos que ele é transitivo direto (precisa de complemento sem preposição); o que falta na oração ? O complemento do verbo falou (o quê?); logo vemos que este complemento é a oração que estava com fome, que funciona como objeto direto do verbo. Como se trata agora de uma oração inteira, não mais de um objeto direto simples, a classificação fica como oração subordinada substantiva objetiva direta.

Classificam-se em:

a) Subjetivas: funcionam como sujeito. Normalmente vêm após uma oração de tipo impessoal, como é necessário, é preciso, parece, entre outras.

Ex.: É importante que ela venha amanhã.

b) Objetivas diretas: funcionam como objeto direto de um verbo da oração principal.

Ex.: Todos disseram que estava tudo bem.

c) Objetivas indiretas: funcionam como objeto indireto de um verbo da oração principal.

Ex.: Elas gostavam de que fôssemos lá sempre.

d) Completivas nominais: funcionam como complemento nominal de uma palavra da oração principal, palavra esta que não pode ser verbo. Lembremos que os complementos nominais completam substantivos, adjetivos e até advérbios; os complementos de verbos são os objetos.

Ex.: Tenho esperanças de que tudo termine bem.

e) Predicativas: funcionam como predicativo do sujeito da oração principal. Lembremos que a oração principal deve ter um predicado nominal neste caso, isto é, ela deve ter um sujeito e um verbo de ligação.

Ex.: A situação melhor foi que todos puderam resolver as coisas.

f) Apositivas: funcionam como aposto de um termo da oração principal. Algumas vezes a oração apositiva vem introduzida por dois pontos, outras vezes somente por vírgula; o conectivo pode ser suprimido em alguns casos.

Ex.: Temos uma questão a resolver: que tudo esteja pronto até a apresentação do trabalho.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Classificam-se em:

a) Causais: indicam a causa de um fato que aparece como consequência na oração principal.

Já que estávamos adiantados, passamos antes da festa na casa de João.

b) Comparativas: mostram uma comparação entre seres; normalmente o verbo não aparece na oração comparativa, visto que ele já aparece na principal.

Marcela é mais esperta do que Marina (é esperta).

c) Consecutivas: indicam uma consequência cuja causa aparece na oração principal; normalmente a oração consecutiva é acompanhada de uma palavra intensificadora que está na oração principal.

Treinou tanto, que acabou sendo classificado nos jogos.

d) Condicionais: indicam condição.

Ex.: Se nos encontrarmos, poderemos pôr a conversa em dia.

e) Conformativas: indicam conformidade, que algo planejado se concretizou.

Ex.: Segundo a informação dada, a recepção acontecerá no salão nobre.

f) Concessivas: indicam uma exceção, uma concessão, que algo que estava quase certo não foi realizado desta vez.

Ex.: Embora tudo estivesse a seu favor, o réu foi condenado.

g) Proporcionais: indicam duas ações proporcionais; quando uma evolui, a outra também, quando involui, a outra também, ou elas podem ser inversamente proporcionais, quando uma evolui, a outra involui.

Ex.: À medida que andava pela região, mais conhecia sobre o povo de lá.

h) Finais: indicam finalidade, objetivo, meta a ser atingida.

Ex.: Estudamos para que tenhamos um futuro melhor.

i) Temporais: indicam tempo.

Ex.: Quando verifiquei as contas, vi muitas atrasadas.



Ufa! Longo, difícil, mas não é impossível, não é mesmo ?

Espero que tenha esclarecido um pouco este assunto.

Falta um dia falarmos sobre as orações reduzidas... mas isso é perrengue pra outro momento, está bom ?

Bom final de semana e um beijo a todos !


domingo, 20 de março de 2016

Música francesa - Mireille Mathieu - Charles Aznavour - Embrasse-moi.




Boa noite, minha gente, mes très chers, allez-vous bien?

Dia corrido, noite corrida, quase não tive tempo de fazer nossa postagem de hoje.


Mas, agora que consegui, mando para vocês uma música famosa, clássica, de dois ícones da canção francesa: 
Mireille Mathieu e Charles Aznavour.

A música se chama Embrasse-moi, e é uma canção linda e muito conhecida pelos franceses, principalmente 
pelos mais anciens... rsrsrsrsrsrs

Para aqueles que já conhecem os dois grandes cantores, matem a saudade, para os que não conhecem, 
vejam que vozes maravilhosas...

Segue vídeo e letra.

Je vous embrasse, mes amis, à la prochaine !!!





Embrasse-moi


Des lueurs on fond de tes yeux
Un regard trouble et malicieux 
Qui veut me suggérer des choses 
Embrasse-moi 
Un corps lascif et alangui 
Des gestes faits au ralenti
Qui prennent d'affolantes poses
Embrasse-moi
Moi j'ai la gorge contractée
Je reste comme hypnotisé
Tandis qu'en moi monte une fièvre
Embrasse-moi
Quand mon cœur sur écran géant
Fébrilement fait un gros plan
Sur ta langue au bord de tes lèvres
Embrasse-moi
Comme on mord dans un fruit
Et partons dans la nuit
De nos amours
Embrasse-moi
Jusqu'à la déraison
Quand nos lèvres n'auront
Plus de contour
J'ai soif de toi, de tout
Du confort de la bouche
Du désordre farouche
De ton corps tendre et fou
Embrasse-moi
Je veux par tes baisers
Trouver l'éternité
Entre tes gras
Embrasse-moi
Dans un malaise merveilleux
Tu me fais partager des jeux
Où tu te révèles géniale
Embrasse-moi
Entre deux battements de cœur
J'entends ta voix qui de bonheur
L'amour aidant devient un râle
Embrasse-moi
Pudique dans ta nudité
De tes fantasmes libérée
Tu n'es plus tout à fait la même
Embrasse-moi
Quand pour moi dans un tourbillon
De feu, de chair et de passion
Tu réinventes tes "Je t'aime"
Embrasse-moi
Comme on mord dans un fruit
Et partons dans la nuit
De nos amours
Embrasse-moi
Jusqu'à la déraison
Quand nos lèvres n'auront
Plus de contour
J'ai soif de toi, de tout
Du confort de la bouche
Du désordre farouche
De ton corps tendre et fou
Embrasse-moi
Je veux par tes baisers
Trouver l'éternité
Entre tes bras
Embrasse-moi







domingo, 13 de março de 2016

Período composto - as orações subordinadas



Bom dia, minha gente, tudo bem ?

Voltamos para continuar nossa saga pelo período composto. Chegou o momento de falarmos sobre subordinação, os três grupos de orações subordinadas e sua classificação... claro que dividiremos este assunto em dois posts, temos muita informação, sabe?

Haja atenção e paciência...

Já vimos em outra postagem que as orações subordinadas dependem sintática e semanticamente umas das outras, o que não sabíamos é que elas exercem uma função sintática em relação às outras

Chamamos de oração principal aquela que não é introduzida por conectivo e que traz a informação principal do período, e de subordinada a que se relaciona com a principal.

Ex.: Os estudos que fazemos são sobre a subordinação.
       Os estudos são sobre a subordinação (oração principal - sem conectivo).
        que fazemos (oração subordinada)

Dependendo desta função sintática exercida, elas são divididas em três grupos:

a) orações subordinadas adjetivas: têm função sintática de adjunto adnominal ou de aposto de um termo da oração principal.

b) orações subordinadas substantivas: têm função sintática de complemento de um termo da oração principal, e excepcionalmente um tipo que funciona como aposto, também.

c) orações subordinadas adverbiais: têm função sintática de adjunto adverbial, isto é, indicam uma circunstância em relação à oração principal.

Exemplos:

Vimos as atrações que queríamos. (oração subordinada adjetiva)
Neste caso, que queríamos refere-se às atrações, termo que está na oração principal; essa oração funciona como adjunto adnominal, dá uma característica a um termo de outra oração.

Nós dissemos que estávamos cansados. (oração subordinada substantiva)
Neste outro caso, que estávamos cansados completa o sentido do verbo dissemos, que está na oração principal, característica de um termo da oração que é complemento, no caso objeto direto.

Quando chegamos, tudo já havia começado.
Neste terceiro caso, quando chegamos indica uma circunstância de tempo, característica de um adjunto adverbial.

Agora vamos à localização prática dos três tipos de oração. 
Vamos lá ?


ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Podemos substituir o conectivo dessas orações pelas expressões "o qual", "a qual", "os quais" e "as quais", sem prejuízo à compreensão do enunciado.

Vimos as atrações que queríamos. Vimos as atrações as quais queríamos. 

Tem sentido? Sim? É uma oração subordinada adjetiva.


ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Podemos substituir a oração subordinada inteira pelos pronomes ISSO, ESSE ou ESSA, e o enunciado mantém sentido.

Nós dissemos que estávamos cansados. Nós dissemos ISSO.

Tem sentido? Sim? É uma oração subordinada substantiva.


ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS.

Se, depois de testar os dois truques anteriores, a oração não mantiver sentido, por eliminação ela será oração subordinada adverbial.

Quando chegamos, tudo já havia começado.
O qual chegamos, tudo já havia começado. (hã???)
ISSO, tudo já havia começado. (tá bizarro...)

Não há lógica... a oração não é adjetiva, tampouco substantiva. Resta que ela só pode ser oração subordinada adverbial.

Por hoje é só... vamos tentar entender esse princípio e, numa outra oportunidade, falamos sobre as classificações, já que agora sabemos como diferenciar os três tipos, não é mesmo?

Beijos, meus queridos, até mais !!! Boa semana !



domingo, 6 de março de 2016

Música francesa - Milord - Édith Piaf




Bonjour, mes très chers, vous allez bien ? J'espère que oui...


Vamos retomar algumas canções francesas antigas e atuais. Hoje, mais um clássico: Milord, da grande Édith Piaf.


Esta música foi um enorme sucesso na voz da pequena 
Môme, e foi lançada em 1960.

Trata-se de uma canção que fala de um homem rico que está sofrendo por amor e que é convidado a esquecer tudo por uma prostituta. O assunto era tabu naquele tempo, mas a música na voz inconfundível de Piaf marcou época.

Ela fez parte da trilha sonora do filme The Bucket List (em português Antes de Partir), com Jack Nicholson
Morgan Freeman, lançado em 2007, que não ficou muito conhecido no Brasil.


Bem, vamos ao vídeo e à canção ! 
Je vous souhaite un très bon week-end !


Milord

Allez, venez, Milord!
Vous asseoir à ma table;
Il fait si froid, dehors,
Ici c'est confortable.
Laissez-vous faire, Milord
Et prenez bien vos aises,
Vos peines sur mon coeur
Et vos pieds sur une chaise
Je vous connais, Milord,
Vous n'm'avez jamais vue
Je ne suis qu'une fille du port,
Qu'une ombre de la rue...
Pourtant j'vous ai frôlé
Quand vous passiez hier,
Vous n'étiez pas peu fier,
Dame! Le ciel vous comblait:
Votre foulard de soie
Flottant sur vos épaules,
Vous aviez le beau rôle,
On aurait dit le roi...
Vous marchiez en vainqueur
Au bras d'une demoiselle
Mon Dieu!... Qu'elle était belle...
J'en ai froid dans le coeur...

Allez, venez, Milord!
Vous asseoir à ma table;
Il fait si froid, dehors,
Ici c'est confortable.
Laissez-vous faire, Milord,
Et prenez bien vos aises,
Vos peines sur mon coeur
Et vos pieds sur une chaise
Je vous connais, Milord,
Vous n'm'avez jamais vue
Je ne suis qu'une fille du port
Qu'une ombre de la rue...

Dire qu'il suffit parfois
Qu'il y ait un navire
Pour que tout se déchire
Quand le navire s'en va...
Il emmenait avec lui
La douce aux yeux si tendres
Qui n'a pas su comprendre
Qu'elle brisait votre vie
L'amour, ça fait pleurer
Comme quoi l'existence
Ça vous donne toutes les chances
Pour les reprendre après...

Allez, venez, Milord!
Vous avez l'air d'un môme!
Laissez-vous faire, Milord,
Venez dans mon royaume:
Je soigne les remords,
Je chante la romance,
Je chante les milords
Qui n'ont pas eu de chance!
Regardez-moi, Milord,
Vous n'm'avez jamais vue...
...Mais... vous pleurez, Milord?
Ça... j'l'aurais jamais cru!...

Eh ben, voyons, Milord!
Souriez-moi, Milord!
...Mieux qu' ça! Un petit effort...
Voilà, c'est ça!
Allez, riez, Milord!
Allez, chantez, Milord!
La-la-la...

Mais oui, dansez, Milord!
La-la-la... Bravo Milord!
La-la-la... Encore Milord!... La-la-la..