domingo, 8 de abril de 2018

Sintaxe - parte VI - os termos acessórios da oração.


Olá, minha gente, tudo tranquilo?

Para completar a parte de termos da oração, estavam faltando os termos acessórios.

Vamos falar deles agora?

Termos acessórios, como o nome diz, não são essenciais para a compreensão das ideias passadas nas orações. Eles apenas dão informações adicionais, esclarecem, dão um colorido ao assunto tratado e podem mesmo ser retirados, pois não fazem falta no contexto.

São termos acessórios da oração:

a) adjuntos adnominais: sintaticamente, são os termos que acompanham os núcleos nominais das orações (os substantivos), seja para determiná-los, seja para explicá-los. Morfologicamente, eles são representados pelos artigos, adjetivos não essenciais, locuções adjetivas, pronomes adjetivos, numerais.

Ex.: Aquela velha casa branca está muito velha. Vemos aqui que o substantivo casa está sendo determinado e qualificados por alguns termos (aquela, velha, branca). Estes termos são adjuntos adnominais.

b) adjuntos adverbiais: sintaticamente, são os termos que indicam circunstâncias, e que são representados morfologicamente por advérbios e locuções adverbiais. Como eles, esses adjuntos adverbiais devem ser classificados em tempo, lugar, modo etc.

Ex.: Eles trabalharam muito intensamente na obra. As palavras muito e intensamente indicam, respectivamente, circunstâncias de intensidade e modo em relação à ideia de trabalhar, pois morfologicamente são advérbios. Sintaticamente, eles exercem as funções de adjunto adverbial de intensidade e adjunto adverbial de modo.

c) aposto: o aposto é uma explicação, isto é, um conjunto de palavras que explicam um termo que está colocado anteriormente a ele (raramente se encontra depois, porque foge à colocação normal da língua). Ele prescinde de um verbo, pois, havendo o verbo, o aposto torna-se outra oração, que deve ser analisada segundo os princípios do período composto, já analisado em outras postagens feitas.

Ex.: Nabucodonosor, rei da Babilônia, escravizou os hebreus. Na oração Nabucodonosor escravizou os hebreus, temos uma informação sintaticamente completa. Semanticamente (no nível do significado), talvez alguns não saibam quem foi Nabucodonosor, então foi colocada uma explicação de que ele era rei da Babilônia. Esta explicação é chamada de aposto. Percebam que o aposto não faz parte da estrutura frasal, é acessório e deve vir entre vírgulas.

Muito simples, não é mesmo?

Falta somente falarmos de um termo que não faz parte da estrutura oracional. Dele cuidaremos numa próxima postagem. Trata-se do vocativo.

Se houver dúvidas, avisem. Beijos e bom final de semana! Até mais!

quinta-feira, 22 de março de 2018

Sintaxe - parte V - os termos integrantes da oração.

Bom dia, minha gente, tudo bem por aí?

Vamos continuar nossa saga? Vamos comentar a respeito dos chamados termos integrantes da oração.

Termos integrantes são os que complementam as ideias (integram, tornam a informação inteira, completa).

São eles:

a) o predicativo do sujeito: qualidade essencial que se refere ao sujeito da oração.

Lembram quando eu falei do predicado nominal, cujo núcleo é uma qualidade ou estado? Então, esse termo mais importante do predicado nominal é o famoso predicativo do sujeito. Ele também pode ocorrer no predicado verbo-nominal (eu tinha dito que o predicado verbo-nominal une uma ação verbal e uma qualidade essencial, e esta qualidade é também predicativo do sujeito, quando se referir a ele).

Exemplos: 
O dia parece tranquilo hoje. (temos um predicado nominal, já que não há ação, e a qualidade apresentada é predicativo do sujeito).

Ele dirigia nervoso no trânsito. (temos um predicado verbo-nominal, com a ação de dirigir e a qualidade essencial nervoso, que é predicativo do sujeito).

b) predicativo do objeto: também uma qualidade essencial, mas que se refere ao objeto direto, não ao sujeito.

Temos esse termo somente em predicados verbo-nominais. A qualidade essencial se refere ao objeto direto do verbo que traz a ação no predicado.

Exemplo:
O juiz julgou o réu culpado. (a qualidade essencial culpado se refere ao réu, que é o complemento do verbo julgar, seu objeto direto, e não ao sujeito juiz: é um predicativo do objeto).

c) objeto direto: complemento do verbo transitivo direto.

Quando temos um verbo transitivo direto (que precisa de complemento sem preposição), o complemento desse verbo é chamado de objeto direto.

Exemplo:
Eu vi sua irmã no mercado. (quem vê, vê alguém ou algo, no caso sua irmã, complemento do verbo transitivo direto ver; é um objeto direto).

d) objeto indireto: complemento do verbo transitivo indireto.

Quando temos um verbo transitivo indireto (que precisa de complemento com preposição), o complemento desse verbo é chamado de objeto indireto.

Exemplo:
Elas precisam de dinheiro. (quem precisa, precisa de alguém ou de algo, no caso de dinheiro, complemento preposicionado do verbo precisar; é um objeto indireto).

e) complemento nominal: completa um nome (substantivo, adjetivo, até mesmo um advérbio) e nunca um verbo. Ele se assemelha ao objeto indireto, porque também é introduzido por preposição.

Devemos simplesmente verificar, se o complemento se refere a verbo, chamamos de objeto; se ele se refere a palavra que não é verbo, chamamos de complemento nominal.

Exemplo:
Os rapazes tinham inveja do seu colega. (quem tem, tem algo, no caso aqui, inveja, que é o objeto direto do verbo ter;  se dizemos que os rapazes tinham inveja, nossa oração continua incompleta, apesar do objeto direto; temos de dizer inveja de quem eles tinham; a palavra inveja também precisa de um complemento para ter sentido completo, mas esse complemento, que é preposicionado, inveja do seu colega, completa uma palavra que não é o verbo ter, e sim o substantivo inveja; é um complemento nominal).

f) agente da passiva: na voz passiva analítica (aquela em que o sujeito recebe a ação descrita pelo verbo), é o ser que pratica a ação, introduzido pela preposição por e suas contrações.

Exemplo:
A lei foi aprovada pelo Congresso Nacional. (neste caso, o sujeito a lei recebe a ação de ser aprovada, é um sujeito paciente; quem faz a ação de aprovar é o Congresso Nacional, introduzido pela contração pelo; quem realiza a ação na voz passiva é o chamado agente da passiva).

Ufa! Mais informações na próxima semana: termos acessórios da oração.

Dúvidas, mandem e eu respondo, está bem? Até a próxima, meu povo! Beijos!

domingo, 11 de março de 2018

Sintaxe - parte IV - a predicação (predicados nominal, verbal e verbo-nominal) - estrutura.

Olá, minha gente, tudo bem?

Vamos continuar a saga sobre a Sintaxe - período simples.

Continuando nossa caminhada, vamos falar sobre a predicação, isto é os tipos de predicado (com mais detalhes) e as estruturas de cada um.

Vamos lá?

Como disse na postagem anterior, existem três predicados: nominal, verbal e verbo-nominal.

O predicado nominal indica estado ou qualidade. Neste predicado, o que traz a informação principal é o termo que indica esse estado ou qualidade. O verbo não é o núcleo do predicado, porque é vazio de sentido. Ele só tem a função de ligar o sujeito a essa informação importante (estado ou qualidade). Por isso, nos predicados nominais os verbos são classificados como verbos de ligação.

Ex.: Os alunos pareciam cansados no final da aula.

Parecer liga o sujeito (os alunos) à informação mais importante do predicado (cansados). É classificado como verbo de ligação. Vemos que os núcleos de predicados nominais são sempre os nomes (adjetivos e substantivos), e não os verbos.

O predicado verbal indica ação ou fenômeno. Sua base é a ação verbal, sendo o verbo o núcleo desse predicado. Quanto ao verbo, sintaticamente o analisamos segundo os parâmetros abaixo, em relação à sua transitividade:

a) o verbo pode ser intransitivo: a ação não transita do verbo para nenhum outro termo. O verbo traz em si toda a informação básica necessária. Tudo que vier além dele explica melhor a situação, é acessório, mas o verbo não precisa de complemento essencialmente.

Ex.: A menina desmaiou.

A ação de desmaiar já indica completamente o que aconteceu. Se falássemos que a menina desmaiou de fome, ou na calçada, as informações seriam acessórias, pois o essencial já foi declarado apenas com o verbo. Dizemos, então, que desmaiar é um verbo intransitivo.

b) o verbo pode ser transitivo direto: a ação transita do verbo para um complemento, que é ligado diretamente a esse verbo e completa o seu sentido.

Ex.: Todos viram a menina desmaiada.

A ação de ver não é completa em si mesma. Se disséssemos somente que todos viram, fatalmente haveria a pergunta: viram quem? ou viram o quê? Isso indica que o verbo ver precisa de um complemento obrigatório, no caso a menina desmaiada, e esse complemento essencial à lógica da informação vem diretamente depois do verbo, sem nada que os separe: está ligado diretamente. Por isso o verbo ver é classificado como verbo transitivo direto.

c) o verbo pode ser transitivo indireto: a ação transita do verbo para um complemento, mas neste caso o complemento é ligado indiretamente ao verbo por meio de uma preposição.

Ex.: Pensamos em bons presentes de Natal.

Quando dizemos que pensamos, ocorre a mesma pergunta que vimos no item anterior, pois o verbo não tem sentido sozinho. Mas agora a pergunta é introduzida por uma preposição: pensamos em quem? ou pensamos em quê? ou pensamos no quê? Bons presentes de Natal, nosso complemento, é ligado de maneira indireta ao verbo pensar por meio da preposição "em". Temos nesse exemplo um chamado verbo transitivo indireto, que precisa de complemento introduzido por preposição.

d) o verbo pode ser transitivo direto e indireto: a ação transita do verbo para dois complementos, um ligado diretamente ao verbo, o segundo ligado indiretamente por meio de preposição.

Ex.: O correio entregou a encomenda para meu primo.

No caso, entregar não tem sentido sozinho, precisamos de complementos. A pergunta novamente vem de maneira automática: entregou o quê? Entregou o presente (ligado diretamente). Mas a pergunta continua: entregou o presente para quem? Percebem que entregar pede dois complementos, e o segundo é introduzido por preposição (para), ou seja, é indireto? Então, entregar é analisado como verbo transitivo direto e indireto.

O predicado verbo-nominal une os dois núcleos (verbal e nominal) numa só oração. Ele tem sempre um verbo de ação (intransitivo ou transitivo e seus complementos) seguido de um estado ou uma qualidade essencial.

Ex.: A criança chegou ao hospital febril.

Vemos no caso uma ação (chegar - núcleo verbal), que precisa de complemento (chegou aonde?), introduzido pela preposição "a". É um verbo transitivo indireto. Mas também temos uma segunda informação importante, um estado, indicado pela palavra febril, que é um núcleo nominal. Assim funciona sempre esse tipo de predicado, ação e estado/qualidade unidos na mesma oração.

Não é difícil, não é mesmo? E, se for, entrem em contato!

Na próxima iniciamos o estudo das classificações dos termos integrantes das orações.

Um beijo e até mais!


sexta-feira, 2 de março de 2018

Sintaxe - parte III - os termos essenciais da oração.

Bom dia, minha gente, tudo bem?

Como prometido, vamos continuar nossa explicação sobre os elementos de Sintaxe.

Hoje é dia de termos essenciais da oração, bebê!

Como havia dito, termos essenciais são aqueles principais, que formam praticamente todas as orações. Digo praticamente porque, na verdade, somente um deles é essencial e sempre aparece em todas as orações. Mas vamos ver isso já, já.

Os termos essenciais da oração são: sujeito e predicado.

Sujeito é o ser do qual se declara algo. Quando dizemos "Maria saiu cedo", estamos declarando algo a respeito de Maria. Então, Maria é o sujeito. Em termos práticos, localiza-se o sujeito de uma oração quando fazemos uma pergunta (quem ou o quê) ao verbo. A resposta é automaticamente o sujeito da oração.
Exemplos:
Chegamos à praia. Quem chegou? Nós (sujeito).
O rapaz e a moça compraram uma casa. Quem comprou? O rapaz e a moça (sujeito).
A casa amarela é muito antiga. O que é muito antiga? A casa amarela (sujeito).

Simples, não é?

Por tradição, existem classificações dos sujeitos:
a) sujeito simples: o que tem um só núcleo.
Ex.: Eu estou faminto.

b) sujeito composto: o que tem dois ou mais núcleos.
Ex.: O amor e o ódio andam de mãos dadas.

c) sujeito oculto, elíptico ou desinencial: o que não está expresso na oração, mas localizamos pela desinência (terminação) do verbo.
Ex.: Vi sua irmã ontem (eu).
        Tivemos muitas dúvidas sobre o trabalho (nós)

Obs.: A NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) não apresenta este tipo de sujeito que, na verdade, é um sujeito simples.

d) sujeito indeterminado: o que não está expresso, mas não pode ser localizado, diferentemente do sujeito oculto.
Gramaticalmente, ele é formado a partir de duas construções:
- verbo na terceira pessoa do plural:
Ex.: Roubaram minha carteira. (alguém roubou, mas não se sabe quem foi).
- verbo na terceira pessoa do singular mais o pronome "se" (índice da indeterminação do sujeito).
Ex.: Come-se bem naquele restaurante. (muita gente come, mas não sabemos quem nesta oração).

Agora devemos falar das orações sem sujeito. Existem declarações que são feitas e que não se referem a nenhum sujeito. Nesses casos, dizemos que as orações são sem sujeito, porque há somente predicados nelas (por isso eu disse no começo que, na verdade,  só um termo é essencial, o predicado, porque há orações sem sujeito).

Temos orações sem sujeito em alguns casos:
a) verbos que indicam fenômenos da natureza (amanhecer, anoitecer, chover, nevar, entre outros).
Ex.: Chovia muito naquela época.

b) verbos impessoais (que não se referem a nenhum sujeito): haver (quando significa existir), fazer (quando indica tempo passado), ser (quando indica tempo), estar (quando indica tempo e temperatura).
Ex.: Havia muitas pessoas na sala.
        Faz muitos dias que ele saiu.
        É tarde.
        Está calor aqui hoje.

Bem, sobre o predicado. Predicado é aquilo que se declara em relação ao sujeito. No caso das orações sem sujeito, ele é a declaração feita.

Os predicados podem ser de três tipos:
a) predicado nominal: indica estado ou qualidade do sujeito. É formado por verbos que não indicam ação, como ser e estar, entre outros, que estudaremos em outro momento, está bem?
Ex.:  A criança está adoentada. (indica um estado da criança).
         Somos muito espertos. (indica uma qualidade).

b) predicado verbal: indica uma ação realizada pelo sujeito.
Ex.: Fomos ao cinema ontem.
        O rapaz viu um belo cachorro no canil.
        Gostamos daquele prato do restaurante.
        Dei um bom conselho àquela menina.

c) predicado verbo-nominal: temos ação e estado juntos na mesma oração.
Ex.: Todos saímos cansados do plantão. (sair é ação e cansados é estado).

Na próxima falamos sobre as classificações dos termos integrantes. Até lá, beijos!


sábado, 24 de fevereiro de 2018

Sintaxe - parte II - período simples - os termos da oração.

Bom dia, minha gente, tudo tranquilo por aí?

Vamos dar continuidade ao nosso assunto longo, que é a Sintaxe.

Já falamos sobre frase, oração e período, e até mesmo conseguimos diferenciar o período simples do período composto.

Vamos então falar agora mais especificamente do período simples e de como a Sintaxe trata a questão.

Já dissemos que o período simples é aquele que apresenta uma só oração. E como sabemos que um período é simples? Pelas declarações verbais que ele apresenta. No caso de um período simples,  só podemos ver uma declaração verbal, ou seja, uma oração.

Por que eu digo uma declaração verbal? Muitos dizem que temos de localizar um verbo, mas isso pode trazer confusão e erro. 

Quando dizemos: "Saímos cedo de casa", temos uma declaração verbal, "saímos", no caso aqui representada por um só verbo.

Mas, se dissermos "Ela tinha saído cedo", apesar de termos dois verbos (tinha e saído), há somente um fato descrito, uma declaração verbal, então uma só oração. Cuidado com isso, meu povo...

Bem, tratando-se de período simples, a análise que temos de fazer pela abordagem sintática é a dos termos que compõem a oração, e qual a função que eles exercem nela.

Esses termos da oração são reunidos, segundo a análise tradicional, em três grandes grupos:

a) termos essenciais da oração: aqueles que são os básicos, pois sem eles a oração simplesmente não poderia existir. São eles o sujeito e o predicado.

b) os termos integrantes da oração: os que complementam o sentido, que tornam as declarações completas sintática e semanticamente. São eles o objeto direto, o objeto indireto, o complemento nominal, o predicativo do sujeito, o predicativo do objeto e o agente da passiva.

c) os termos acessórios da oração: os que não são essenciais, que apresentam informações adicionais, determinam os núcleos da oração. São eles os adjuntos adnominais, os adjuntos adverbiais e o aposto.

Existe também um outro termo que não faz parte da estrutura sintática da oração, e que vamos ver no final dessa saga: o vocativo.

Tudo bem? Não precisam ficar assustados, pois vamos analisar cada grupo e esses nomes complicados, tornando-os claros como cristal, podem crer.

Bem, começamos na próxima postagem. Vamos explicar os termos essenciais da oração e sua classificação.

Um beijo, minha gente, até a próxima! Se precisarem, gritem! Até mais!




sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Sintaxe - parte I - os primórdios da língua portuguesa - frase, oração, período.

Bom dia, minha gente, tudo tranquilo?

Vamos começar, a partir desta postagem, a falar de um assunto muitas vezes indigesto para a maioria dos estudantes de língua portuguesa, e até mesmo para estudantes de Letras e professores iniciantes, que podem apresentar dúvidas em relação à norma padrão. Estou falando sobre a Sintaxe, a maior e a mais complicada das abordagens de estudo científico da língua.

Para os alunos, ela é simplesmente a famigerada análise sintática... mas não é um bicho de sete cabeças... vamos ver?

Diz a NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) que os estudos da gramática de uma língua se dividem em três grandes grupos: Fonética, Morfologia e Sintaxe.

Há outras abordagens (como a Fonologia, a Semântica, a Estilística, a Gramática História, mesmo a Literatura, entre outras muitas), mas estas não constam da nomenclatura oficial, apesar de serem muito usadas nos estudos de Linguística e Literatura.

Bem, e o que seriam esses estudos?

A Fonética aborda o estudo da produção dos sons de uma língua e sua análise.

A Morfologia estuda a estrutura dos vocábulos (palavras) de uma língua, sua formação e classificação.

A Sintaxe (que veremos com mais cuidado) estuda as relações que existem entre as palavras dentro das estruturas oracionais e das orações dentro das estruturas de um período.

Hoje, mostraremos as diferenças entre frase, oração e período, que são importantes para os estudos de Sintaxe.

Frase é qualquer enunciado que tem sentido em uma língua e que, por isso, comunica algo.

Se dizemos "Oi", a pessoa que ouve entende o que dizemos e se estabelece aí uma comunicação. Neste caso, "Oi" é uma frase.

O mesmo se dá nos exemplos abaixo:

Cuidado, perigo à frente.
Maria saiu cedo.
Bom dia!
Vamos almoçar?

Tranquilo até aqui? Bom...

As frases podem ser de dois tipos:

a) frase nominal: é aquela que não apresenta verbo.
Ex.: Passagem proibida.

b) frase verbal: é aquela que apresenta verbo.
Ex.: Todos chegaram à festa.

E toda a frase verbal é conhecida, em gramática, como oração.

Então, oração é toda a frase (comunica algo) que tem como base um verbo.

A Sintaxe somente se preocupa com o estudo das palavras dentro das orações, porque o verbo tem papel importante dentro das análises sintáticas. As frases nominais não são estudadas neste campo.

Finalmente, o que é um período? 

Período é o conjunto de duas ou mais orações. Para um objetivo didático, dizemos que uma oração isolada forma o que chamamos de Período Simples, e a reunião de duas ou mais orações de Período Composto.

A partir da próxima postagem, vamos a analisar a primeira parte do Período Simples: a análise dos termos essenciais da oração (o sujeito e o predicado).

Bem, deu para entender o início de tudo? Espero que sim. 

A gente se fala logo mais, está bem? Bom dia a todos! Beijos e até!


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Infinitivo impessoal e Futuro do Subjuntivo - como diferenciar e não errar?

Bom dia, minha gente, tudo bem?

Vamos falar sobre um assunto muito fácil, mas que muitas pessoas ainda confundem e usam erroneamente um no lugar do outro: trata-se da diferenciação entre o Infinitivo impessoal e o Futuro do Subjuntivo.

Primeiramente, vamos explicar o que são eles:

O Infinitivo impessoal de um verbo é uma forma nominal (já expliquei em outra postagem o que é forma nominal) neutra, que determina a ação do verbo, mas sem mostrar um tempo ou modo. É a forma que encontramos no dicionário, por ser a mais simples e primitiva do verbo, alguns chegam a chamar de nome do verbo.

Nas três conjugações de verbo, temos as seguintes terminações para o infinitivo impessoal:

Primeira conjugação: -ar (amar, falar, entrar, mandar, entre muitos outros);
Segunda conjugação: -er (vender, ceder, comer, ser, entre muitos outros);
Terceira conjugação: -ir (partir, sentir, ir, ouvir, entre muitos outros).

Observação: não esquecer do verbo pôr e seus compostos, que pertencem à segunda conjugação (pôr, depor, opor, compor, entre outros).

Já o Futuro do Subjuntivo é um tempo de futuro hipotético (como todos os tempos do Subjuntivo), isto é, uma ação futura que ainda não está definida, e que pode acontecer (ou não) dependendo de alguma circunstância.

Por exemplo, se falarmos: Quando eu encontrar com José, eu dou o recado., temos uma ação futura que não está ainda definida, pode acontecer logo, pode levar mais tempo, ainda depende de alguma circunstância. Temos aí, o verbo encontrar no Futuro do Subjuntivo.

Normalmente, este tempo vem atrelado a declarações subordinadas, muitas vezes introduzidas pelas conjunções quando ou se (se eu falar com ele, quando eu viajar).

Bem, e qual o problema destes dois? O problema é que, nas formas regulares de verbos neste tempo verbal, a grafia e a pronúncia do Infinitivo e do Futuro do Subjuntivo são idênticas. Vejam:

Eu ia falar sobre esse assunto na reunião. (Infinitivo)
Quando eu falar com o João, ele vai entender o caso. (Futuro do Subjuntivo).

Mas isso não é problema, não é mesmo? Realmente não é. O problema mesmo é quando um verbo no Futuro do Subjuntivo for irregular. Vamos a um exemplo?

Ele deve ser muito rico, pois tem um iate. (Infinitivo)
Quando meu filho for médico, ele vai ajudar muita gente. (Futuro do Subjuntivo)

Perceberam que alguns verbos são irregulares neste tempo e têm formas diferentes de seus infinitivos no Futuro do Subjuntivo? E muita gente acaba colocando, por engano, o infinitivo no lugar do Futuro...

Querem ver?

É muito comum ouvir pessoas dizendo: Quando ela "pôr" a roupa nova, vai ficar feliz. Quem não fica feliz é a norma...

Por isso, vou listar aqui alguns verbos irregulares no Infinitivo Impessoal (o primeiro na lista) e no Futuro do Subjuntivo (segundo na lista), para esclarecer as formas corretas.

caber - quando eu couber.
dar - quando eu der.
estar - quando eu estiver.
fazer - quando eu fizer.
haver - quando eu houver.
ir - quando eu for.
pôr - quando eu puser (e assim os compostos: quando eu compuser, quando eu opuser, quando eu depuser, e outros).
querer - quando eu quiser.
saber - quando eu souber.
ser - quando eu for.
ter - quando eu tiver (e os composto, quando eu detiver, quando eu retiver, quando eu mantiver).
trazer - quando eu trouxer.
ver - quando eu vir (e quando eu revir).
vir - quando eu vier.

Observação: cuidado com o verbo requerer. Ele é regular no Futuro do Subjuntivo, portanto, devo dizer quando eu requerer, e não quando eu "requiser", está bem?

Claro que existem muitos outros, mas é somente para esclarecer os verbos mais em uso da língua.

Até que é simples, não é mesmo? Somente tomar cuidado para não misturar o lé com o cré.

Espero que tenham entendido mais essa!

Um beijo e até mais!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Aulas disponíveis para quem for de São Paulo.



Bom dia, minha gente! 


Como está no sangue, comunico a todos que, a partir desta semana, tenho horários disponíveis para aulas de reforço de Língua Portuguesa, Redação, Literatura para alunos que têm dificuldades na área, sejam de que nível de estudo forem, ou mesmo para adultos que queiram, ou precisem, aprimorar o domínio do nível formal da língua.

Também aulas de francês para os que quiserem iniciar no conhecimento da língua do Molière...

E revisão de textos para trabalhos escolares ou de nível superior.

Horários diversificados e preços acessíveis. 

Ah, e tenho local para atendimento no Tatuapé, próximo ao metrô Carrão. 

Entrem em contato in-box pelo meu Facebook, é só procurar Jefferson Rosado, está bem? 


Beijos e bons estudos!

sábado, 20 de janeiro de 2018

Deu "tilt"... ou "bugou"... depende da idade... rsrsrsrs

Minha gente, bom dia!

Por imperícia tecnológica do proprietário do blog (eu mesmo), uma "manobra" errada acabou apagando (definitivamente...) TODOS os comentários feitos no nosso espaço...

Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa!!!

Se acaso alguém tinha alguma pergunta ou dúvida a ser esclarecida, por favor, poste novamente, para que eu possa responder...

Isso é que dá uma pessoa tentar mexer em algo moderno demais para ela... rsrsrsrsrsrs

Desculpem a nossa falha... 

Bom dia, um beijo a todos!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O Plus-que-Parfait - parte II - como se constrói e informações adicionais.

Bonjour, mes amis, vous allez bien?

Vamos terminar as informações sobre o Plus-que-parfait?

Como disse no nosso primeiro post (veja lá quem não viu), o Plus-que-parfait indica uma ação pontual que foi feita antes de uma outra ação no passado.

E lá eu mostrei como ele se forma no português. E como fazemos no francês?

Simples, vamos lá!

Primeiramente, por se tratar de um tempo composto, ele deve ter dois elementos básicos:

a) um verbo auxiliar, no caso os verbos avoir ou être, no tempo Imparfait;

b) um verbo principal no Participe Passé (existem tabelas para verificação das formas dos verbos irregulares; para os regulares, existem umas regrinhas que eu já expliquei nas postagens sobre o Passé Composé, vejam lá, está bem?).

Para facilitar nossa vida, passo a conjugação dos verbos avoir e être no Imparfait para vocês:

AVOIR: j'avais, tu avais, il avait, nous avions, vous aviez, ils avaient.

ÊTRE: j'étais, tu étais, il était, nous étions, vous étiez, ils étaient.

Vemos a pessoa, conjugamos o auxiliar no Imparfait, colocamos o participe passé do verbo principal e... voilà! O Plus-que-parfait estará conjugado!

Vamos ver alguns exemplos?

Eu tinha comido: j'avais mangé.

Nós tínhamos falado: nous avions parlé.

Você tinha feito: tu avais fait.

E assim vai...

Observação: 

Lembre-se de que, como todo tempo composto em francês, que obrigatoriamente trabalha com os auxiliares e também particípios passados de verbos, o Plus-que-parfait segue as mesmas normas de uso de auxiliares que o Passé Composé. Há verbos que são conjugados com o auxiliar avoir (a maioria) e alguns que devem ser conjugados com o auxiliar être (verificar a lista desses verbos nas postagens sobre os Passé Composé).

Então dizemos:

Eu tinha saído: j'étais sorti.

Eu tinha me lavado: je m'étais lavé.

Nós tínhamos chegado: Nous étions arrivés.

Notem ainda que, com o auxiliar être, devemos ver, para todos os casos, a concordância do particípio passado com o sujeito, conforme explicado detalhadamente nas postagens sobre o Passé Composé, ao passo que existem casos de concordância do particípio passado com o verbo avoir (poucos), também tratados lá.

Aconselho fortemente que vocês revejam aqueles tópicos para lembrar desses detalhes, ou conhecê-los, se ainda não o fizeram.

Os tempos compostos em francês se comportam dentro da mesma estrutura de usos de auxiliares e de concordância.

Só para finalizar, não se esqueçam que o Plus-que-parfait é um tempo que trabalha associado com outro passado que ocorre depois dele.

Exemplos:

Quando chegamos à praia (ação no passado), já havia chovido (ação anterior no passado) muito.

Quand nous sommes arrivés (Passé Composé) à la plage, il avait déjà beaucoup plu (Plus-que-parfait).

Espero que todos tenham compreendido este tempo verbal.

Se houver dúvidas ou dificuldades, não hesitem em perguntar, está bem?

Je vous souhaite un très bon week-end!

Je vous embrasse! À bientôt!