quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mais curiosidades sobre o português: muito legal isso !


Olá, minha gente, tudo bem por aí ?

Vamos ver mais algumas curiosidades da nossa língua ?

Hoje temos palavras que usamos (ou não, e aí fica como sugestão de aumento de vocabulário) e cuja origem é curiosa, alguns nem sabem de onde vêm, e é legal saber essas curiosidades, não é ?

Começamos com algumas palavras que vêm de personagens históricos ou mitológicos ou de locais:

→ hercúleo: gigantesco, que exige muito esforço. Esta vem do mito de Hércules, herói grego que se submeteu a realizar doze trabalhos considerados impossíveis para a maioria dos mortais. Mas Hércules era um semideus e, apesar das dificuldades, cumpriu sua missão.

→ ciclópico: enorme. Também de origem mitológica, se relaciona aos ciclopes, monstros lendários gigantescos, que possuíam um só olho no meio da testa.

→ gorgôneo: terrível, implacável, impiedoso. Mais uma vez a mitologia grega nos fornece vocabulário. Gorgôneo vem de górgone, ou górgona, que no mito se referia a três irmãs, Euríale, Esteno e Medusa, esta última famosa, amaldiçoadas pelos deuses, e que eram terríveis: tinham serpentes no lugar dos cabelos e petrificavam qualquer ser que tivesse o azar de olhar em seus olhos. Górgone se refere também a uma mulher feia e perversa.

→ satírico: referente à sátira, à comédia. Esta vem da figura do sátiro, ser mitológico meio humano, com pés e chifres de bode, conhecido por ser gozador, brincalhão, e pelo gosto de dançar e tocar flauta.

→ pantagruélico: enorme, gigante, de grande apetite, voraz. Este surgiu graças ao escritor francês François Rabelais, um humanista que criou as figuras de dois gigantes, Gargantua e seu filho, Pantagruel, que adoravam filosofar e passar muito tempo se banqueteando.

→ dantesco: horrível, infernal. Relacionado a Dante Alighieri, escritor italiano que criou o famoso poema A Divina Comédia, que narra uma viagem pelo Inferno, pelo Purgatório e pelo Paraíso. Apesar de ele falar dos horrores do primeiro, dos sofrimentos do segundo e das delícias do último, associa-se o nome de Dante aos terríveis acontecimentos do inferno na sua obra.

→ sádico: que gosta de causar e sentir sofrimento, dor. Esta vem por causa do francês Marques de Sade, que praticava atos para causar dor física e psicológica em si mesmo e naqueles que conviviam com ele.

→ ateneu: instituição de ensino. Esta vem da cidade de Atenas, que foi berço da cultura e do conhecimento do mundo antigo. A cidade grega foi reduto de filósofos, artistas de variada ordem e de grandes mestres. Ateneu acabou sendo introduzido na língua como local em que se desenvolve a cultura, por extensão é agora conhecido como escola, instituição de ensino.


Vamos a algumas expressões ?

teúda e manteúda: um pouco antiga, esta expressão é usada sem se reparar que são formas arcaicas do verbo “ter”. Teúda quer dizer “tida”, que é possuída, que tem dono, e manteúda nada mais é que “mantida” por alguém. Dizia-se das mulheres que eram amantes de um homem, que as sustentava. Elas eram tidas e mantidas por um homem...

e dizer que alguém é arroz de festa ? Há duas possibilidades para explicar isso. A primeira é que a pessoa é como o arroz que se usa em festas de casamento para desejar boa sorte aos noivos. Ou pode ter tido origem nas festas portuguesas, nas quais era obrigatória a presença de arroz doce. Não havia festas sem a guloseima. Daí, arroz de festa é aquele que não perde um evento de jeito nenhum.

Quando falamos que fulano é santo do pau oco, queremos dizer o quê ? No tempo do Brasil colônia, a coroa portuguesa cobrava impostos exorbitantes em cima do ouro conseguido na nossa terra. Alguns, para escapar à cobrança, escondiam o ouro encontrado dentro de santos de madeira, que eram ocos por dentro. Daí temos que santo do pau oco é alguém que se faz de bonzinho, mas que na verdade quer ludibriar as pessoas.

outra antiga... mulher que bate calçada: o mesmo que mulher que roda bolsinha, ou seja, prostituta, aquela que roda a bolsa enquanto aguarda freguês. Talvez tenha sido influência do nosso querido francês, que usa a expressão faire le trottoir (fazer calçada), porque as moças de vida fácil (outra expressão machista e que não corresponde à realidade, porque de fácil a vida delas não tem nada...) ficam nas calçadas aguardando clientela.

essa é criada por confusão de palavras... Hoje é domingo, pé de cachimbo... Existe alguma lógica em dizer “pé de cachimbo” ? Claro que não... na verdade, o correto é: hoje é domingo, pede cachimbo... isto é, domingo é um dia de descanso, que pede o relaxamento, que, antigamente, era representado por não fazer nada e ficar fumando tranquilamente, o que hoje em dia é politicamente incorreto, hehehe...


Legal, não é mesmo ?

Voltamos numa outra oportunidade com mais curiosidades...


Beijão, meu povo, até mais !


Nenhum comentário: