Olá, minha gente, tudo bem por aí ?
Vamos ver mais algumas curiosidades da nossa
língua ?
Hoje temos palavras que usamos (ou não, e aí
fica como sugestão de aumento de vocabulário) e cuja origem é curiosa, alguns
nem sabem de onde vêm, e é legal saber essas curiosidades, não é ?
Começamos com algumas palavras que vêm de
personagens históricos ou mitológicos ou de locais:
→ hercúleo: gigantesco, que exige muito
esforço. Esta vem do mito de Hércules, herói grego que se submeteu a realizar
doze trabalhos considerados impossíveis para a maioria dos mortais. Mas
Hércules era um semideus e, apesar das dificuldades, cumpriu sua missão.
→ ciclópico: enorme. Também de origem
mitológica, se relaciona aos ciclopes, monstros lendários gigantescos, que
possuíam um só olho no meio da testa.
→ gorgôneo: terrível, implacável, impiedoso.
Mais uma vez a mitologia grega nos fornece vocabulário. Gorgôneo vem de
górgone, ou górgona, que no mito se referia a três irmãs, Euríale, Esteno e
Medusa, esta última famosa, amaldiçoadas pelos deuses, e que eram terríveis:
tinham serpentes no lugar dos cabelos e petrificavam qualquer ser que tivesse o
azar de olhar em seus olhos. Górgone se refere também a uma mulher feia e perversa.
→ satírico: referente à sátira, à comédia.
Esta vem da figura do sátiro, ser mitológico meio humano, com pés e chifres de bode,
conhecido por ser gozador, brincalhão, e pelo gosto de dançar e tocar
flauta.
→ pantagruélico: enorme, gigante, de grande
apetite, voraz. Este surgiu graças ao escritor francês François Rabelais, um humanista que criou as
figuras de dois gigantes, Gargantua e seu filho, Pantagruel, que adoravam
filosofar e passar muito tempo se banqueteando.
→ dantesco: horrível, infernal. Relacionado a
Dante Alighieri, escritor italiano que criou o famoso poema A Divina
Comédia, que narra uma viagem pelo Inferno, pelo Purgatório e pelo Paraíso.
Apesar de ele falar dos horrores do primeiro, dos sofrimentos do segundo e das
delícias do último, associa-se o nome de Dante aos terríveis acontecimentos do
inferno na sua obra.
→ sádico: que gosta de causar e sentir
sofrimento, dor. Esta vem por causa do francês Marques de Sade, que praticava
atos para causar dor física e psicológica em si mesmo e naqueles que conviviam
com ele.
→ ateneu: instituição de ensino. Esta vem da
cidade de Atenas, que foi berço da cultura e do conhecimento do mundo antigo. A
cidade grega foi reduto de filósofos, artistas de variada ordem e de grandes mestres.
Ateneu acabou sendo introduzido na língua como local em que se desenvolve a
cultura, por extensão é agora conhecido como escola, instituição de ensino.
Vamos a algumas expressões ?
→ teúda e manteúda: um pouco antiga, esta expressão
é usada sem se reparar que são formas arcaicas do verbo “ter”. Teúda quer dizer “tida”, que é possuída,
que tem dono, e manteúda nada mais é que “mantida” por alguém. Dizia-se das mulheres que eram amantes de um homem, que
as sustentava. Elas eram tidas e
mantidas por um homem...
→ e dizer que alguém é arroz de festa ? Há duas possibilidades para explicar isso. A
primeira é que a pessoa é como o arroz
que se usa em festas de casamento para desejar boa sorte aos noivos. Ou
pode ter tido origem nas festas
portuguesas, nas quais era obrigatória a presença de arroz doce. Não havia festas sem a guloseima. Daí, arroz de festa é aquele que não
perde um evento de jeito nenhum.
→ Quando falamos que fulano é santo do pau
oco, queremos dizer o quê ? No tempo do Brasil colônia, a coroa
portuguesa cobrava impostos exorbitantes em cima do ouro conseguido na nossa
terra. Alguns, para escapar à cobrança, escondiam o ouro encontrado dentro de santos de madeira, que eram ocos por dentro. Daí temos que santo do pau oco é alguém que
se faz de bonzinho, mas que na verdade quer ludibriar as pessoas.
→ outra antiga... mulher que bate calçada:
o mesmo que mulher que roda bolsinha, ou
seja, prostituta, aquela que roda a bolsa enquanto aguarda freguês. Talvez
tenha sido influência do nosso querido francês, que usa a expressão faire
le trottoir (fazer calçada), porque as moças de vida fácil (outra
expressão machista e que não corresponde à realidade, porque de fácil a vida
delas não tem nada...) ficam nas calçadas aguardando clientela.
→ essa é criada por confusão de palavras... Hoje é domingo,
pé de cachimbo... Existe alguma lógica em dizer “pé de cachimbo” ?
Claro que não... na verdade, o correto é: hoje é domingo, pede cachimbo... isto é, domingo
é um dia de descanso, que pede o relaxamento, que, antigamente, era
representado por não fazer nada e ficar fumando tranquilamente, o que hoje em dia é
politicamente incorreto, hehehe...
Legal, não é mesmo ?
Voltamos numa outra oportunidade com mais curiosidades...
Beijão, meu povo, até mais !
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