Olá, pessoal, tudo bem ? Vamos falar hoje
sobre os vícios
de linguagem. Tratam-se de usos equivocados da língua, em desvio do padrão
culto. Devemos evitar usar qualquer um deles, pois mostram um
descuido às vezes bem desagradável.
Como são vários, vamos dividir as informações
em duas postagens.
Lá vão os primeiros:
→ barbarismo: uso de palavras e expressões estranhas
ao idioma. Temos três tipos de barbarismo clássico:
a)
cacografia: má grafia ou
pronúncia de uma palavra ou expressão, como dizer “pobrema”, “mendingo”, “uma
dó”, “duzentas gramas”, sendo corretos problema,
mendigo, um dó, duzentos gramas...
b)
silabada: quando deslocamos
erroneamente o acento tônico da palavra, como “rúbrica”, “gratuíto”, “íbero”, sendo
corretos rubrica, gratuito, ibero...
c)
estrangeirismo: uso (e abuso) de palavras ou expressões estrangeiras. Os estrangeirismos têm designações específicas, dependendo de
sua origem: francês (galicismo), inglês (anglicanismo), espanhol
(castelhanismo), italiano (italianismo), alemão (germanismo) etc.
→ solecismo: todo e qualquer erro
em relação às normas de sintaxe: “falta duas horas”, “nós gostamos de assistir
a novela”, “me dê isso !”, sendo corretos faltam
duas horas, nós gostamos de assistir à novela, dê-me isso !
→ ambiguidade (anfibiologia): uso de expressões de
duplo sentido, que dificultam a compreensão do contexto, em orações como “Maria
viu João na sua casa”. De quem era a casa, de Maria ou de João? Neste caso,
devemos reformular a oração, de modo que ela fique clara: Maria viu João na casa dela.
→ cacofonia (cacófato): encontro de sons que tornam a
expressão desagradável ou que remetem a outro sentido, como “a boca dela”,
“pegue o álbum dela”, “vi ela”, “custou
cinco reais por cada” etc.
→ pleonasmo vicioso: o pleonasmo é a repetição de uma ideia,
o que pode ser um recurso estilístico, se bem usado. Quando usamos repetições
clichês, expressões grosseiras e batidas, temos o pleonasmo vicioso. Expressões
como “subir pra cima”, descer pra baixo”, “entrar pra dentro”, entre outras,
são pleonasmos viciosos.
→ eco: repetição
de um mesmo som final das palavras, como em “a cartada dada foi errada”. O eco, que em prosa é considerado,
em geral, vício, na poesia pode ser usado com sucesso, pois dá ritmo e
musicalidade ao poema, além de ser um recurso para criação de rimas. Então, a
repetição do final das palavras é desaconselhável para a prosa e recomendada
para a poesia... coisas da língua, não é ?
Bem, continuamos noutra postagem nosso
assunto de vícios de linguagem.
Beijão, meu povo, até a próxima !
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