Bom dia, meu povo, tudo tranquilo por aí ?
Espero que estejam todos bem.
Hoje gostaria de chamar a atenção de vocês a
respeito de um assunto que, por não ser comum na linguagem quotidiana, acaba
sendo usado de maneira equivocada na hora de escrevermos e falarmos, é claro.
Trata-se do uso de preposições antes do pronome relativo que.
Já fizemos postagens que explicam o que é um pronome relativo, depois deem uma
olhada para se atualizarem, no caso de não conhecerem o assunto.
Agora vou falar sobre o uso da preposição na
frente dele, se necessário.
Vamos partir de exemplos, que tudo fica mais
claro, certo ?
Quando eu digo:
A casa que eu comprei é novinha, o que substitui a palavra casa
na segunda oração (que eu comprei).
Ao analisarmos sintaticamente a segunda
oração, temos:
Eu (sujeito)
Comprei (verbo transitivo direto – ele
precisa de complemento, e este vem sem preposição)
E eu comprei o quê ? A casa (este é o complemento do verbo, que é chamado de objeto direto, substituído na segunda oração pelo que).
Bem, na oração acima não temos preposição
regida pelo verbo, e isso é tranquilo de ser entendido.
Com verbos transitivos diretos não há
necessidade de preposição colocada antes do pronome que.
Se o relativo
que for sujeito, o mesmo se repete.
Vamos a um exemplo:
O sucesso, que é um objetivo comum, é
conseguido com esforço.
Prestem atenção na segunda oração. Vamos
analisá-la ?
É (verbo de ligação)
Um objetivo comum (predicativo do sujeito – é
o núcleo do predicado nominal)
Se existe um predicativo do sujeito, é óbvio
que existe também um sujeito. E quem é ? O pronome que, que substitui objetivo
comum.
Neste caso, não há também preposição que
antecede o pronome que.
Agora, existem casos em que o pronome que
precisa ser preposicionado.
Vamos ver alguns ?
→ quando o verbo que se relaciona com o pronome que
for transitivo indireto (precisa
de complemento precedido de preposição):
O livro de que gosto é este aqui (eu gosto do livro, então devemos colocar a mesma
preposição que o verbo rege antes do pronome que).
A carreira a que aspiro (eu aspiro a uma carreira).
O conceito em que acredito (eu acredito em um
conceito).
→ quando o que relativo é um advérbio (lugar e tempo):
A casa em que moro é nova (eu moro em uma casa, um lugar, que pede preposição).
No momento em que ele falou fiquei triste (falou em um momento, um tempo, que pede
preposição).
→ quando o que for um complemento nominal (complemento de
substantivo):
A coisa de que tenho mais medo é adoecer ( eu tenho medo de adoecer, um complemento para a
palavra medo, que é substantivo).
→ quando o relativo que é agente da passiva
(aquele que faz a ação na voz passiva):
Este é o programa por que
aquele político foi atacado (o político foi atacado pelo programa, que foi substituído pelo pronome que).
É muito comum vermos as pessoas falarem ou
escreverem os exemplos citados de maneira
errada, como vemos abaixo:
“O livro que gosto é este aqui.”
“A carreira que aspiro...”
“O conceito que acredito...”
“A casa que moro...”
“No momento que ele falou...”
“A coisa que tenho mais medo...”
“Este é o programa que aquele político foi
atacado.”
Cuidado, minha gente, para vocês
principalmente não errarem nos textos escritos na escola, no trabalho e na
universidade... Fica a dica...
Beijos e até uma próxima !!!
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