segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A prosa trovadoresca. Ela existiu ? Claro que sim, vamos ver ?


Olá, minha gente, tudo beleza ? Espero que sim...

Vamos falar novamente do Trovadorismo na primeira época medieval, mas desta vez no campo da prosa, já que as cantigas já são bem conhecidas.


Na área de prosa trovadoresca, há o destaque da historiografia, importante filão de obras na época em Portugal, que não tinha o cunho ficcional, mas obras de ficção também foram introduzidas no país, de maneira mais modesta.

Destacam-se estas produções literárias:

Crônicas: redigidas na sua maioria ainda em latim, descrevem em ordem rigorosamente cronológica os acontecimentos da história da época;

Hagiografia: narrativas da vida dos santos, já que neste período medieval a representatividade da Igreja era muito grande;

Nobiliários: eram relações detalhadas das árvores genealógicas dos reis e nobres das cortes, como também da sucessão ao trono, também importantes na Idade Média por causa do domínio dos senhores feudais;

Novelas de cavalaria: única fonte de obras puramente ficcionais, narram histórias de cavaleiros, recheadas de heróis, de origem estrangeira e não portuguesa, distribuídas em ciclos, como segue:

a)   ciclo carolíngeo (origem francesa) → narra as histórias sobre o rei Carlos Magno e seus cavaleiros;

b)   ciclo clássico (greco-romano) → relacionado aos heróis da mitologia clássica;

c)    ciclo arturiano (bretão-inglês) → voltado para as aventuras do rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda.


Dos três ciclos, o mais importante para a literatura portuguesa foi o arturiano, pois ele apresentou as primeiras traduções feitas para a língua portuguesa medieval (galego-português), como, por exemplo, as novelas A demanda do Santo Graal, José de Arimateia e a História de Merlin.

Legal, não é mesmo ? Este resumo pode esclarecer os alunos que, às vezes, pensam que o Trovadorismo só é ligado à poesia dos cancioneiros ou ao teatro popular, na segunda época medieval, que existiu uma prosa, ainda que muito primitiva, neste período.

Por falar nisso, já que falamos sobre as cantigas e sobre a prosa trovadoresca, resta-nos entrar numa próxima oportunidade no terreno do teatro popular.


É o que faremos. Até lá, então ! Um beijão, moçada !


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