Olá, minha gente, tudo beleza ? Espero que
sim...
Vamos falar novamente do Trovadorismo na primeira época
medieval, mas desta vez no campo da prosa, já que as cantigas já são bem
conhecidas.
Na área de prosa trovadoresca, há o
destaque da historiografia,
importante filão de obras na época em Portugal, que não tinha o cunho
ficcional, mas obras de ficção também foram introduzidas no país, de maneira
mais modesta.
Destacam-se estas produções literárias:
Crônicas: redigidas na sua maioria ainda em latim, descrevem em
ordem rigorosamente cronológica os acontecimentos da história da época;
Hagiografia: narrativas da vida dos santos, já que neste período
medieval a representatividade da Igreja era muito grande;
Nobiliários: eram relações detalhadas das árvores genealógicas dos
reis e nobres das cortes, como também da sucessão ao trono, também importantes
na Idade Média por causa do domínio dos senhores feudais;
Novelas de cavalaria: única fonte de obras puramente
ficcionais, narram histórias de cavaleiros, recheadas de heróis, de origem
estrangeira e não portuguesa, distribuídas em ciclos, como segue:
a)
ciclo
carolíngeo (origem
francesa) → narra as histórias sobre o rei Carlos Magno e seus cavaleiros;
b)
ciclo
clássico (greco-romano)
→ relacionado aos heróis da mitologia clássica;
c)
ciclo
arturiano (bretão-inglês)
→ voltado para as aventuras do rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda.
Dos três ciclos, o mais importante para a
literatura portuguesa foi o arturiano, pois ele apresentou as primeiras traduções feitas para a língua
portuguesa medieval (galego-português), como, por exemplo, as novelas A demanda do Santo Graal, José de Arimateia
e a História de Merlin.
Legal, não é mesmo ? Este resumo pode
esclarecer os alunos que, às vezes, pensam que o Trovadorismo só é ligado à
poesia dos cancioneiros ou ao teatro popular, na segunda época medieval, que existiu uma prosa, ainda que
muito primitiva, neste período.
Por falar nisso, já que falamos sobre as
cantigas e sobre a prosa trovadoresca, resta-nos entrar numa próxima
oportunidade no terreno do teatro popular.
É o que faremos. Até lá, então ! Um beijão,
moçada !
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