Olá, minha gente, tudo bem por aí ? Espero que
tudo esteja uma maravilha.
Vamos falar hoje sobre os graus dos adjetivos. Os graus nos
revelam a posição de uma qualidade entre
os seres, comparando-os ou destacando-os de um grupo.
Quando comparamos dois seres, usamos o chamado grau comparativo;
quando destacamos um ser por sua qualidade, usamos o grau superlativo.
Tanto o grau comparativo, quanto o superlativo
podem ser de superioridade ou de inferioridade, sendo que o grau
comparativo pode também ser classificado em igualdade, quando dois seres são equivalentes.
Vamos ver isso com exemplos ?
Comparativo (quando comparamos a qualidade de dois ou mais
seres):
→ de igualdade: usamos expressões de comparação entre
dois seres, como tão...quanto,
tanto...como, tanto...quanto, igual a:
João é tão alto quanto Pedro.
Fulana é tão bela quanto sicrana.
Ela é inteligente igual ao pai (esta de uso
menos erudito).
→ de superioridade: usamos a expressão de comparação de
superioridade mais...que:
Sou mais esperto que meus colegas.
Ela é mais dedicada ao trabalho (que os
demais).
→ de inferioridade: usamos a expressão de comparação de
inferioridade menos...que:
Paris é menos antiga que Roma.
Superlativo (neste caso, destacamos um
ser do grupo, ele é o maior ou o menor na qualidade citada):
→ de superioridade: usamos palavras intensificadoras como muito, excepcionalmente, extremamente,
demais, para acompanhar o adjetivo, ou as expressões o(s), a(s) mais, e destacamos aquele ser dentre os demais:
Aquela montanha é muito alta.
O ladrão foi extremamente violento.
Meus alunos são excepcionalmente criativos.
Ela é bela demais.
São Paulo é a mais rica cidade da nação.
Existem também formas sintéticas de superlativo de superioridade,
por acréscimo aos adjetivos dos sufixos –íssimo,
–imo e –érrimo, sendo que os adjetivos se formam neste caso por duas vias:
uma popular, pelas palavras do
próprio português, outra pelas formas eruditas
vindas do latim, que são mais raras na linguagem popular, e que as pessoas
usam muitas vezes de forma errada.
Vamos ver algumas ?
Formas populares: chamadas de vernáculas
– vindas do português, normalmente por acréscimo de –íssimo:
altíssimo, agilíssimo, magríssimo, pobríssimo,
amarguíssimo, entre outros.
Formas eruditas: vindas
dos adjetivos latinos, são formas muitas vezes pedantes, criadas por acréscimo de –íssimo, –imo e –érrimo.
Seguem alguns exemplos, muitos dos quais não são usados corretamente pelas pessoas:
acérrimo (de ácido)
agílimo (de ágil)
amabilíssimo (de amável)
amaríssimo (de amargo)
amicíssimo (de amigo)
antiquíssimo (de antigo)
aspérrimo (de áspero)
celebérrimo (de célebre)
crudelíssimo (de cruel)
dulcíssimo (de doce)
facílimo (de fácil)
felicíssimo (de feliz)
ferocíssimo (de feroz)
fidelíssimo (de fiel)
fragílimo (de frágil)
frigidíssimo (de frio)
humílimo (de humilde)
incredibilíssimo (de incrível)
ínfimo (de baixo)
inimicíssimo (de inimigo)
libérrimo (de livre)
macérrimo (de magro)
máximo (de grande)
mínimo (de pequeno)
misérrimo (de miserável)
nigérrimo (de negro)
nobilíssimo ( de nobre)
ótimo (de bom)
paupérrimo (de pobre)
péssimo (de mau)
sacratíssimo (de sagrado)
saníssimo (de são)
sapientíssimo (de sábio)
supremo, sumo (de alto)
terribilíssimo (de terrível)
velocíssimo (de veloz)
voracíssimo (de voraz)
→ de inferioridade: usamos as expressões o(s), a(s) menos para destacar a
qualidade de maneira negativa:
Esta pessoa é a menos simpática que já vi.
Observação
1: o
comparativo de inferioridade é de uso somente escrito, na linguagem falada
muito raramente (na verdade quase nunca) o usamos. Preferimos dizer que Maria é
mais alta que Joana, a dizer que Joana é menos alta que Maria. Já o superlativo
de inferioridade é usado com alguma frequência.
Observação
2: as
palavras mais e menos combinam-se com a maioria dos adjetivos, mas alguns adjetivos
formam o comparativo e o superlativo por uma forma sintética irregular, que é
herança do latim:
bom – melhor
mau – pior
grande – maior
pequeno – menor
alto – superior (também se usa mais alto)
baixo – inferior (também se usa mais baixo)
Observação
3:
alguns superlativos sintéticos populares acabam se formando com a ocorrência de
dois “i”, que na atualidade podem ou
não ser usados. Podemos então escrever:
seriíssimo ou seríssimo
sumariíssimo ou sumaríssimo
precariíssimo ou precaríssimo
ordinariíssimo ou ordinaríssimo,
entre outros.
Nossa, bastante informação, mas acho que
esclarecemos o assunto.
Beijos e até mais !
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