Olá, minha gente, tudo tranquilo ? Espero que
sim.
Vamos terminar a história sobre a formação das
palavras ?
Hoje veremos quais os principais métodos de
formação.
DERIVAÇÃO
Formam-se palavras por derivação quando
anexamos prefixos e/ou sufixos a uma palavra que já existia na própria língua
(primitiva). Ela pode ser:
→ por prefixação: ao anexarmos um prefixo para a formação do
novo vocábulo:
infeliz, anti-herói, preconceito, subsecretário, antessala.
→ por sufixação: por anexar um sufixo ao vocábulo primitivo:
rodada, francamente, casario, cafezinho, pedraria.
→ por prefixação e sufixação ou parassintética (parassíntese):
ao colocarmos um prefixo e um sufixo para criar uma palavra nova, a partir da
primitiva:
infelizmente, desaparecimento, extrafaturamento.
Observação: alguns estudiosos distinguem a derivação por prefixação e
sufixação da derivação
parassintética, ou parassíntese.
Dizem que em ambas há a colocação de prefixo e sufixo em um radical
preexistente. A diferença seria que, na prefixação e sufixação, ao retirarmos
um deles (prefixo ou sufixo) teríamos outra palavra que existe na língua. No
caso da derivação parassintética, os dois afixos são imprescindíveis. Vamos
esclarecer com exemplos:
Exemplo
1: derivação
por prefixação e sufixação: infelizmente – pois podemos tirar qualquer um dos afixos e
continuaremos a ter palavras válidas na língua (infeliz e
felizmente existem).
Exemplo
2: derivação
parassintética: amaldiçoar – se não colocarmos
os dois afixos na palavra maldição, não teremos uma palavra nova. Tanto “amaldição” quanto “maldiçoar” não existem. Temos de usar
indispensavelmente os dois afixos para a formação. Normalmente isto ocorre com
a formação de verbos a partir de substantivos e adjetivos, como abençoar, esfriar, empalidecer, entre outros.
→ derivação imprópria: trata-se de estender o significado de uma
palavra já existente, ao mudarmos sua classe gramatical:
Os bons pagam pelos maus (adjetivos que viram substantivos).
O nascer do sol (verbo
que vira substantivo).
Falar alto (adjetivo usado
como advérbio).
Passamos por uma greve monstro
(substantivo usado como adjetivo).
COMPOSIÇÃO
Na composição, temos a junção de duas ou mais
palavras ou radicais para formação do vocábulo novo. Ela pode ser:
→ por justaposição: juntamos duas palavras ou mais, mas nenhuma
letra cai no processo. Às vezes, junta-se uma letra para a regularização
segundo as normas de ortografia:
vai-e-vem, arco-íris, girassol, guarda-chuva,
televisão.
→ por aglutinação: juntamos duas ou mais palavras, e há uma
queda na letra de uma ou várias delas, como outras alterações gráficas:
vinagre, aguardente, embora, planalto,
boquiaberto.
REDUÇÃO
Originalmente, algumas palavras são muito
longas, e o uso popular acaba abreviando as formas, formando um novo vocábulo
mais usado que a palavra primitiva:
auto-ônibus – ônibus
pornografia – pornô
trem metropolitano – metrô
curta-metragem – curta
motocicleta – moto
fotografia – foto
televisão – TV
pneumático – pneu
HIBRIDISMO
Formação de palavras a partir de dois radicais
de línguas diferentes:
monocultura (mono – grego / cultura – latim)
superchique (super – latim / chique – francês)
megassanduíche (mega – grego / sanduíche –
inglês)
ONOMATOPEIAS
As onomatopeias são tentativas de escrevermos
os sons que nos circundam, ou de dar uma ação a eles através de verbos, sejam
de fenômenos físicos, de barulhos de máquinas e outros, sejam de animais, o que
acaba criando novas palavras:
rugir – feras de um modo geral
zumbir – de insetos
zaz – indica velocidade
fonfonar, buzinar – barulho de buzinas
tamborilar – barulho de gotas ou de dedos numa
superfície
NEOLOGISMOS
A língua é um organismo vivo praticado pelos
falantes. Coisas novas surgem, circunstâncias que não aconteciam começam a ser
frequentes, e precisamos de palavras que designem tudo isso. Por isso, criamos
palavras sem cessar. As que acabam se incorporando na língua são chamadas de
neologismos:
plugar, hambúrguer, brusqueta, mídia, celular,
entre outras.
EMPRÉSTIMOS
Pelo mesmo motivo acima, e por influências de
tecnologias, moda, cultura de outros países, acabamos importando palavras
estrangeiras, e as usamos frequentemente no nosso português. Algumas acabam se
aportuguesando e juntam-se ao léxico oficial com o passar do tempo. Por norma,
as que se incorporam podem ser escritas normalmente, as que ainda não entraram
no português devem ficar em itálico ou entre aspas:
Internet, e-mail,
nude, strech, selfie, nerd, entre outras.
Deu para ficar claro ? Espero que sim.
Até mais, meu povo, beijos !
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