sexta-feira, 2 de março de 2018

Sintaxe - parte III - os termos essenciais da oração.

Bom dia, minha gente, tudo bem?

Como prometido, vamos continuar nossa explicação sobre os elementos de Sintaxe.

Hoje é dia de termos essenciais da oração, bebê!

Como havia dito, termos essenciais são aqueles principais, que formam praticamente todas as orações. Digo praticamente porque, na verdade, somente um deles é essencial e sempre aparece em todas as orações. Mas vamos ver isso já, já.

Os termos essenciais da oração são: sujeito e predicado.

Sujeito é o ser do qual se declara algo. Quando dizemos "Maria saiu cedo", estamos declarando algo a respeito de Maria. Então, Maria é o sujeito. Em termos práticos, localiza-se o sujeito de uma oração quando fazemos uma pergunta (quem ou o quê) ao verbo. A resposta é automaticamente o sujeito da oração.
Exemplos:
Chegamos à praia. Quem chegou? Nós (sujeito).
O rapaz e a moça compraram uma casa. Quem comprou? O rapaz e a moça (sujeito).
A casa amarela é muito antiga. O que é muito antiga? A casa amarela (sujeito).

Simples, não é?

Por tradição, existem classificações dos sujeitos:
a) sujeito simples: o que tem um só núcleo.
Ex.: Eu estou faminto.

b) sujeito composto: o que tem dois ou mais núcleos.
Ex.: O amor e o ódio andam de mãos dadas.

c) sujeito oculto, elíptico ou desinencial: o que não está expresso na oração, mas localizamos pela desinência (terminação) do verbo.
Ex.: Vi sua irmã ontem (eu).
        Tivemos muitas dúvidas sobre o trabalho (nós)

Obs.: A NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) não apresenta este tipo de sujeito que, na verdade, é um sujeito simples.

d) sujeito indeterminado: o que não está expresso, mas não pode ser localizado, diferentemente do sujeito oculto.
Gramaticalmente, ele é formado a partir de duas construções:
- verbo na terceira pessoa do plural:
Ex.: Roubaram minha carteira. (alguém roubou, mas não se sabe quem foi).
- verbo na terceira pessoa do singular mais o pronome "se" (índice da indeterminação do sujeito).
Ex.: Come-se bem naquele restaurante. (muita gente come, mas não sabemos quem nesta oração).

Agora devemos falar das orações sem sujeito. Existem declarações que são feitas e que não se referem a nenhum sujeito. Nesses casos, dizemos que as orações são sem sujeito, porque há somente predicados nelas (por isso eu disse no começo que, na verdade,  só um termo é essencial, o predicado, porque há orações sem sujeito).

Temos orações sem sujeito em alguns casos:
a) verbos que indicam fenômenos da natureza (amanhecer, anoitecer, chover, nevar, entre outros).
Ex.: Chovia muito naquela época.

b) verbos impessoais (que não se referem a nenhum sujeito): haver (quando significa existir), fazer (quando indica tempo passado), ser (quando indica tempo), estar (quando indica tempo e temperatura).
Ex.: Havia muitas pessoas na sala.
        Faz muitos dias que ele saiu.
        É tarde.
        Está calor aqui hoje.

Bem, sobre o predicado. Predicado é aquilo que se declara em relação ao sujeito. No caso das orações sem sujeito, ele é a declaração feita.

Os predicados podem ser de três tipos:
a) predicado nominal: indica estado ou qualidade do sujeito. É formado por verbos que não indicam ação, como ser e estar, entre outros, que estudaremos em outro momento, está bem?
Ex.:  A criança está adoentada. (indica um estado da criança).
         Somos muito espertos. (indica uma qualidade).

b) predicado verbal: indica uma ação realizada pelo sujeito.
Ex.: Fomos ao cinema ontem.
        O rapaz viu um belo cachorro no canil.
        Gostamos daquele prato do restaurante.
        Dei um bom conselho àquela menina.

c) predicado verbo-nominal: temos ação e estado juntos na mesma oração.
Ex.: Todos saímos cansados do plantão. (sair é ação e cansados é estado).

Na próxima falamos sobre as classificações dos termos integrantes. Até lá, beijos!


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